Portugal sobe no ranking que avalia a digitalização das empresas

Num estudo que avalia a capacidade dos países para se adaptarem à transformação digital, Portugal passa a ocupar o 32.º lugar, entre um total de 115 países avaliados.

Chama-se Enabling Digitalization Index 2018 (EDI 2018) e avaliou as capacidades de cada país para criar as condições necessárias para o sucesso dos negócios, na lógica de uma economia global que tem vindo a tornar-se cada vez mais digital. Na edição deste ano do estudo, Portugal subiu uma posição em relação ao ano passado, ocupando agora o 32.º lugar, entre 115 países avaliados.

Segundo aponta o estudo, que foi feito pela Euler Hermes, os 115 países foram avaliados numa escala de 0 a 100, em parâmetros abrangentes, como a regulamentação, conhecimento (qualidade na formação e educação dos colaboradores, capacidade para investimento em projectos de investigação e desenvolvimento e parcerias universitárias).
São também avaliados critérios como a conectividade, nomeadamente se existem redes seguras e acessíveis para o processo de transformação digital; infraestruturas, como rede de internet, servidores seguros, e também a dimensão do mercado. Neste ponto, o estudo tem em conta o número de utilizadores de internet e o respectivo rendimento.

É justamente neste último parâmetro que Portugal foi prejudicado, a par do parâmetro das infraestruturas. No entanto, em critérios como a regulamentação, Portugal (82,6) está acima da França (81,3) e da Bélgica (73,3), por exemplo. Já no parâmetro que avalia o conhecimento, Portugal (61,6) ultrapassou Espanha (58,7) e Itália (59,8).

No total, o 32.º lugar português traduz-se numa pontuação de 52,7 pontos, numa escala de 0 a 100. Se olharmos para o universo de países da União Europeia, Portugal ocupa o 17.º lugar; no que diz respeito aos países que compõem a OCDE, Portugal ocupa o 26.º posto deste ranking EDI.

A pontuação portuguesa no EDI 2018

Regulamentação – 82,6 pontos
Conhecimento – 61,6 pontos
Conectividade – 52,8 pontos
Infraestruturas – 65,4 pontos
Dimensão de mercado – 1,3 pontos

Poucas surpresas nos primeiros lugares

Os Estados Unidos assumem a liderança deste ranking, por mais um ano. Ao primeiro lugar foi atribuído uma pontuação de 87 pontos, onde o parâmetro mais forte é o de conhecimento, com cem pontos, a pontuação máxima. Neste parâmetro, apenas a Suíça se aproxima dos EUA, com uma pontuação de 99,5.
Descrita pelo estudo como uma «surpresa», a Alemanha conquista novamente o segundo lugar do pódio – é também o país europeu com melhor classificação no ranking.
A Alemanha contabiliza também a melhor pontuação nas infraestruturas, com cem pontos atribuídos. No total, o país consegue uma pontuação de 75,3, ainda algo distante dos Estados Unidos. A completar o top cinco, a Holanda (com 74,3 pontos), Suíça (74 pontos) e o Reino Unido (com 72 pontos).

Países em destaque na região Ásia-Pacífico

Olhando para os trinta mais bem classificados, oito países são originários desta região: Japão (7.º), Singapura (8.º), Hong Kong (9.º), Coreia do Sul (10.º), China (17.º), Austrália (20.º), Nova Zelândia (22.º) e Malásia (30.º).
Segundo o estudo, países como a Tailândia, a Índia e a Indonésia estão a destacar-se face ao ano passado, tornando-se quatro estrelas em ascensão. A China, conhecida pela demografia, foi beneficiada no campo da dimensão de mercado, onde obteve a nota máxima. Ainda assim, o país foi prejudicado pela fraca pontuação na conectividade.

Os piores classificados

Burundi (111.º), Madagáscar (112.º), Libéria (113.º) e Mauritânia (114.º) estão no final da tabela. O país com a pior classificação fica em África: Chade, na 115.º posição, com uma pontuação de 6,9 pontos. Os piores parâmetros do Chade são a regulamentação, com 0,2 pontos, e a dimensão de mercado, com 0,1 pontos. Estes países africanos receberam zero pontos em vários dos parâmetros.

Top 20 EDI 2018