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Colt anuncia investimento de mais um milhão de euros em Portugal e traz interligação internacional de Tier1 ao mercado nacional

A empresa continua a apostar no País tendo ligado mais dois data centres à sua rede e trazido o Global IP Transit Backbone and Services, a «primeira interligação internacional de Tier1 existente em Portugal».

Carlos Jesus © Colt

A Colt está presente há mais de vinte anos em Portugal e tem reforçado regularmente a sua presença no mercado nacional. Carlos Jesus, VP global service delivery e country manager da Colt Technology Services, explicou que o mais recente investimento de mais um milhão de euros vai servir parcialmente para ligar os centros de dados da AtlasEdge, em Carnaxide, e da Altice, em Linda-a-Velha, «aumentando a capilaridade da rede» da Colt e «reforçando a posição estratégica de Portugal». O responsável salienta a importância deste sector: «Ao ligarmos mais estes dois novos data centers, fortalecemos a nossa posição num mercado que se espera venha a crescer 6,02% (CAGR) no nosso País até 2027, segundo um estudo recente da Arizton. A dimensão do mercado de centros de dados em Portugal foi recentemente avaliada em 931,2 milhões de dólares e deverá atingir os 1,3 mil milhões de dólares até 2027». Carlos Jesus revela que desta forma a tecnológica passa «a ligar quinze centros de dados, mais de 777 edifícios e oito parques industriais em Lisboa, Porto, Oeiras, Sintra, Vila Nova de Gaia e Maia».

O investimento permitiu também à empresa  trazer a «primeira interligação internacional de nível de topo ao mercado nacional», o Global IP Transit Backbone and Services. Carlos Jesus diz que, ao «expandir a IP Transit a 400 Gbps a Lisboa», a Colt «responde à procura crescente por infraestruturas de Internet ultra-rápidas e de baixa latência, essenciais para que as empresas e as economias, que desenvolvem serviços e aplicações digitais conectados, prosperem no actual cenário digital e fomentem o crescimento». Este Ponto de Presença (PoP) «coloca o País ao mesmo nível dos outros dois grandes pontos de interligação à escala internacional, Frankfurt (Alemanha) e Londres (Reino Unido)». Assim, Lisboa/Portugal fica com uma «clara vantagem competitiva no contexto das telecomunicações à escala global, em particular se associarmos este PoP às estações de amarração de cabos submarinos» existentes.

Um ano de forte crescimento
A subsidiária portuguesa registou níveis de crescimento «muito expressivos com resultados líquidos a aumentarem 2,5 vezes e com o volume da receita global em Portugal a alcançar uma taxa de crescimento de mais 7%» em 2023. Isto deveu-se ao forte desempenho das receitas provenientes do SD WAN (+39%), dos serviços de transmissão de alta velocidade através dos cabos submarinos (+22%) e da área das soluções de acesso à internet (+20%).

Para 2024, Carlos Jesus acredita que a Colt terá igualmente um bom ano: «Temos a perspectiva de que 2024 venha a ser um ano de resultados positivos. Temos vindo a registar um crescimento do negócio em Portugal que resulta por um lado do ambiente que vivemos no País, e, por outro lado, reflecte o investimento que temos feito na nossa rede, da renovação tecnológica continua que fazemos e da integração com a Lumen, que nos transformou no maior operador de comunicações B2B da Europa. Esta aquisição permitiu-nos impulsionar o negócio e responder à procura crescente de soluções de conectividade por parte dos clientes, em especial das empresas portuguesas com presença internacional e que precisam de ligações globais para desenvolverem as suas actividades e expandirem os seus negócios».

Novas iniciativas de ESG
A Colt Portugal usa, desde 2019, energia 100% verde no seu data center e nó de comunicações de Carnaxide e alcançou este ano o objectivo de electrificação a 100% da frota automóvel. A partir de Novembro, a empresa vai «proceder à desmontagem dos equipamentos antigos e fora de uso bem como à respectiva recuperação dos materiais recicláveis e reutilizáveis com a Urban Miners». Esta iniciativa vai permitir «reduzir o desperdício, diminuir a procura de novas matérias-primas e minimizar a pegada ambiental». O projecto piloto na Suécia teve excelentes resultados, já que a Colt conseguiu «economizar dezanove toneladas de CO2 e eliminar a necessidade de minerar 102 toneladas métricas/liquidas de vários materiais», o que levou a empresa a expandir o programa a outros países, incluindo Portugal.

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