A Casa do Impacto anunciou os vencedores da 3ª edição do Triggers, um programa de aceleração que visa apoiar projectos que procuram resolver problemas ambientais.
A Humiverso conquistou o primeiro lugar com um prémio monetário de cinco mil euros e um ano de incubação e mentoria na entidade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Este projecto desenvolveu máquinas modulares que transformam resíduos orgânicos em fertilizante orgânico, através da utilização de vermicompostagem com minhocas, promovendo a descentralização do tratamento de resíduos e incentivando a autoprodução de fertilizantes.
Os responsáveis pela iniciativa são Pedro Carvalho e Rafael Crisóstomo que explicam os próximos passos: «Vamos seguir em frente e montar mais pilotos do nosso vermicompostor, chegar ao protótipo, comercializar, e tornar a Humiverso uma referência na criação de economias circulares, no rumo da sustentabilidade ambiental».
A RA-RO foi a segunda classificada com a sua plataforma de retalho online focada na preservação da herança de produção artesanal, biodiversidade e técnicas de produção ancestrais, oferecendo produtos seleccionados através de curadoria. A empresa conseguiu um prémio de três mil euros e também incubação e mentoria na Casa do Impacto.
Em terceiro lugar ficou a Digna Engenharia, que arrecadou dois mil euros e incubação e mentoria, e que desenvolveu uma solução tecnológica social para o sector da habitação, com foco no desenvolvimento de comunidades sustentáveis e na prestação de serviços que abordam questões habitacionais complexas.
A 3ª edição contou com o apoio de parceiros como a Câmara Municipal de Cascais, EDP, Galp, Grupo Ageas Portugal e 3xP Global, que ajudaram no desenvolvimento e acompanhamento dos projectos participantes, garantindo que as soluções propostas pudessem crescer e gerar impacto positivo.
Nuno Comando, Head of Programs, Investment & Communications da Casa do Impacto, destaca que os vencedores são «um cohort que reflecte uma visão clara sobre como transformar desafios ambientais em oportunidades».
O responsável acrescenta o que motivou a escolha da Humiverso para o primeiro lugar foi «a abordagem inovadora de vermicompostagem e descentralização do tratamento de resíduos» e o facto de «não só responder a um problema ambiental urgente, como também ter a capacidade de ser replicada e escalada, com potencial de impacto concreto».