A New Work Portugal registou um volume de negócios de 13,2 milhões de euros, o que corresponde a um aumento cresce 20% face aos resultados do ano anterior. Globalmente, o grupo teve também um desempenho positivo, com uma facturação de 313,4 milhões de euros e um crescimento de 10%, comparado com 2021. Miguel Garcia, managing director da New Work em Portugal e Espanha, explica que 2022 foi um «ano excelente», com um crescimento «muito significativo nos produtos mais estratégicos» e que o segmento B2B teve um ano «particularmente bem-sucedido».
O grupo especializado em soluções para o mercado de trabalho tem diversas marcas, entre as quais a Kununu (uma plataforma online que fornece informações sobre empregadores e salários em países de língua alemã) e a Xing (uma rede social de emprego). Segundo o responsável, o «centro de engenharia do Porto teve um «contributo central» nestas áreas de negócio.
O ano passado foi também de mudança de estratégia para a New Work, que quer deixar de ser «apenas uma rede social profissional» e passar a ser «o parceiro de eleição na área do recrutamento no mercado de língua alemã». Miguel Garcia esclarece que é no Porto que «grande parte da nova estratégia está a nascer», acabando Portugal por ter um «contributo central no futuro do grupo».
Tempo de consolidar
A New Work SE Portugal, que exporta 100% do seu trabalho, conta com 150 colaboradores que são «maioritariamente portugueses», salienta o responsável. Segundo Miguel Garcia, a abordagem da New Work Portugal passa pela «atracção e retenção de talento» na área da tecnologia: «As tendências actuais apontam para alguma alteração nas tecnologias que se vão salientar nos próximos anos e é nisso que já estamos a trabalhar».
É por esta razão que um dos eixos estratégicos são as «parcerias com universidades e com as comunidades de tecnologia» e a consolidação da sua importância dentro do grupo: «Queremos manter a reputação e os indicadores de qualidade que temos consistentemente apresentado. Isto vai fazer com que sejamos um activo fundamental para o grupo, com a entrega dos produtos e tecnologia-chave para a estratégia e o sucesso da New Work».
Já ao nível da equipa, a empresa está a «planear estabilizar a equipa», cuja «esmagadora maioria é de engenheiros que desenvolvem os produtos, todos os dias, sempre em estreita colaboração com as equipas em Hamburgo, Viena, Valência e Barcelona».
Miguel Garcia diz que, durante 2023, devem existir «pequenos ajustes que podem surgir devido ao mercado que, em tecnologia, é muito dinâmico e às próprias tecnologias que sejam necessárias introduzir».
A New Work tem sede em Hamburgo e escritórios em Berlim, Munique, Viena Valência, Barcelona e no Porto e conta com cerca de dois mil colaboradores.