A EAD – Empresa de Arquivo de Documentação anunciou a aquisição da Delete, o «segundo operador de destruição confidencial e segura» de Espanha. O valor do negócio não foi divulgado pelas empresas.
A compra expande a acção da empresa portuguesa ao mercado vizinho e torna-a no «único operador de cariz ibérico e com uma capacidade para triturar mais de 4000 toneladas de papel e cartão por ano». Além disso, a EAD passa a contar com centros de operações em Valência, Bilbau, Madrid e Barcelona onde se situa a sede.
Os 26 colaboradores da Delete, 17 dos quais com deficiência, serão integrados no grupo nacional e o director geral da empresa, Ramon Ferrer, manterá as suas funções ficando o conselho de administração sob alçada portuguesa.
Sobre a compra, o CEO do Grupo EAD, Paulo Veiga, salienta porque o nome vai continuar a ser Delete: «Quisemos manter a marca, que passa a fazer gestão documental global pois vão ser agregadas novas competências que a EAD pode dar ao nível da digitalização e custódia de artigos, algo que a empresa também já faz, mas em pequena quantidade».
O volume de facturação estimado para o mercado espanhol em 2023 é de um milhão e meio de euros e o responsável explica que «não vai haver reestruturação, pois, de acordo com o plano de vendas o objectivo é facturar em 2024 mais 500 mil euros e, para isso, vão ter de contratar mais pessoas».
O grupo EAD prevê crescer 16% em 2023, mesmo sem o impacto do investimento nesta nova aquisição, e Paulo Veiga assume que a empresa quer continuar a crescer a nível ibérico: «É com especial entusiasmo que, no ano em que comemoramos 30 anos, conseguimos ter uma pegada real na Ibéria e esta empresa é o princípio disso mesmo. Vamos continuar a olhar para o mercado espanhol com muita atenção, numa perspectiva de fazer outro tipo de aquisições neste mercado».