A Ricoh divulgou um estudo realizado em parceria com a Opinium onde revela que a transformação digital continua a estar no topo da agenda dos líderes de negócio. De acordo com o relatório, a digitalização pode gerar um crescimento de 622 mil milhões de euros nos próximos cinco anos, correspondendo a um aumento de cerca de 3,4% do PIB da Europa (União Europeia e Reino Unido).
Com a participação de 6000 profissionais e 1500 líderes de empresas europeias, o estudo destaca como a automatização já está a ser uma «parte essencial da estratégia de transformação digital» das empresas e quais as mais-valias que está a proporcionar às organizações. «Gerar milhares de milhões de euros de crescimento num momento em que muitas empresas enfrentam uma estagnação da economia, e perdas de produtividade, é uma oportunidade que se tem de aproveitar», diz Anna Vázquez, directora de serviços e soluções digitais da Ricoh Espanha e Portugal.
Automatizar para ser competitiva
As empresas que implementaram software de automatização no último ano tiveram um aumento médio de produtividade de 14%, apesar do clima de incerteza económica e geopolítica. A maioria dos decisores das organizações (76%) disse que estão a usar automatização para aumentar a eficiência e o crescimento ou que o vão fazer. A responsável diz que é «encorajador ver líderes empresariais a reconhecer e adoptar medidas para agilizar o trabalho, automatizar os processos rotineiros e reduzir as tarefas entediantes graças às estratégias de transformação digital», mas alerta que estes «devem passar da intenção à acção muito mais rápido».
Por outro lado, a Ricoh apurou que os colaboradores também estão empenhados nas iniciativas digitais e querem a ajuda da tecnologia para simplificar as actividades administrativas, para dedicar mais tempo à criação de valor. Assim, 64% acha que poderia criar mais valor para a empresa se tivesse acesso à tecnologia certa e 78% quer ter ferramentas de automatização para reduzir tarefas rotineiras.
O relatório conclui ainda que um maior investimento nas ferramentas que os colaboradores querem pode «aumentar o bem-estar» nas organizações e, assim, ser uma forma de atrair e reter os profissionais. Os colaboradores de empresas que implementaram ferramentas de automatização no ano passado estão «mais satisfeitos com os seus empregos e provavelmente permanecerão na empresa durante mais tempo», diz o estudo. Isto traduz-se numa rotatividade mais baixa de profissionais: 17%, em comparação com uma média de 19%, em empresas que optaram por outros tipos de tecnologia.
Anna Vázquez conclui que «acelerar a transformação digital e oferecer ferramentas que permitam às pessoas realizar um trabalho que traga mais valor é fundamental para que as empresas continuem competitivas, retenham talento e comecem a ter um crescimento sustentável».