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Electronic IDentification inicia operações no mercado nacional

A empresa espanhola de verificação de identidade remota anunciou a chegada a Portugal. O foco da Electronic IDentification (eID) é, maioritariamente, nas empresas do sector financeiro e da administração pública.

A Electronic IDentification, que desenvolveu soluções de identificação por vídeo, decidiu implementar operações em território nacional. Segundo Iván Nabalón, CEO e fundador da empresa, o objectivo da eID, desde a sua criação, «tem sido dar resposta às novas necessidades de sectores muito regulados, como o financeiro e a administração pública, tirando partido dos progressos tecnológicos existentes e aplicando-os nessas áreas de actividade».

O responsável explica o que motivou a entrada no País: «O mercado português representa uma grande oportunidade, uma vez que as empresas financeiras continuam em processo de digitalização, quer através de novos projectos, quer da actualização de processos obsoletos. Estas organizações querem oferecer uma melhor experiência de utilização, ao mesmo tempo que reduzem custos, e nós somos o parceiro ideal nesse sentido».

Iván Nabalón revela ainda que, em Portugal, há uma necessidade «cada vez mais latente por parte das empresas de utilizar uma tecnologia segura e compliant que lhes permita realizar os processos e procedimentos com utilizadores remotos, mantendo o mesmo nível de segurança do sistema presencial».

O CEO esclarece que, no mercado nacional, a eID já «trabalha com empresas do sector financeiro, como a CriptoLoja, que conta com a tecnologia para o seu processo de onboarding digital de clientes», e que está «em negociações com bancos locais e outros internacionais com presença em Portugal».

A eID conta com uma equipa de «quinze pessoas dedicadas ao mercado português, tanto para o desenvolvimento comercial, jurídico e de comunicação, como também para a parte tecnológica e de desenvolvimento de produto», diz Iván Nabalón.

Segurança é fundamental
A principal solução da Electronic IDentification é a Assinatura Digital Qualificada, que se baseia em identificação automática por vídeo; este é, actualmente, o método «mais completo e seguro para certificar a identidade de uma pessoa de forma remota» e «está em conformidade, como a plataforma eIDAS» que estabelece uma base europeia comum para uma interacção electrónica segura e que terá de ser utilizada em todos os estados-membros. O CEO salienta que a tecnologia da eID é «certificada pela eIDAS e validada também através do Gabinete Nacional de Segurança». Além disso, Iván Nabalón refere que «a videoconferência se tornou obsoleta» como forma de identificação e que «outras soluções de verificação de identidade baseadas em selfies e fotografias já não cumprem a regulamentação europeia».

Para explicar como funciona a solução de assinatura da empresa e a sua importância, Iván Nabalón faz uma comparação entre a mesma e o Euro: «Cada país tinha sua própria moeda e o Euro serviu para unificar o mercado europeu e facilitar as trocas entre os países. Pois bem, a Assinatura Electrónica Qualificada trouxe consigo um paradigma comum, no sentido de que aquilo que vale num país, vale também noutro. Foi criado um enquadramento legal comum que facilita muito o intercâmbio entre os estados-membros e as empresas que neles operam».