Os hábitos online originados pela pandemia deverão ser a norma no futuro, revela o estudo The Future Urban Reality (A realidade urbana do futuro) da Ericsson.
O relatório salienta que os consumidores não só continuarão «a gerir online actividades rotineiras (como o teletrabalho, o e-learning, a saúde electrónica e as compras diárias online), mas também acrescentarão em média 2,5 novos serviços a esses hábitos online».
O mais recente ConsumerLab da Ericsson, que conta com as opiniões de 2,3 mil milhões de consumidores em 31 mercados de todo o mundo, conclui que o tempo passado online aumentará, em média, 10 horas por semana até 2025 e que todas as atividades rotineiras acontecerão também em formato digital.
A tecnológica revela que um em cada dois consumidores espera usar o e-learning para o desenvolvimento de competências; que mais de metade dos consumidores acreditam que todas as actividades de entretenimento serão digitais; que mais de um terço fará os seus pedidos de mercearia principalmente online, assim como passará a fazer mais compras locais (50%).
Outras das revelações é que 64% dos consumidores espera uma sociedade com maiores níveis de stress já que mais de três em cada cinco acredita que será necessário conjugar vários empregos para manter um rendimento decente.
A privacidade é uma das preocupações reveladas. Assim, 75% dos consumidores preveem que a vida será orientada pela conveniência em 2025 e sete em cada dez esperam também estar mais atentos à sua segurança e privacidade online.
Outras das áreas em que os consumidores vão estar atentos é as alterações climáticas (50%). No entanto, 67% dizem que querem aumentar as viagens de lazer: embora a maior parte dos consumidores acredite que deveriam ser disponibilizadas opções de deslocação mais sustentáveis, apenas um em cada três indicam que evitarão andar de avião quando viajarem por lazer no futuro.
Zeynep Ahmet, investigador sénior do ConsumerLab, departamento de investigação da Ericsson, explica o estudo: : «Ao longo da pandemia, as TIC tornaram-se o principal meio para os consumidores gerirem muitos aspetos das suas vidas quotidianas. As nossas conclusões mais recentes sugerem que isto vai continuar durante o “novo normal” e até mesmo depois. Como catalisadores de novos hábitos online, é inequívoco que tanto as redes móveis como os esforços de inclusão digital desempenharão um papel crucial na construção das sociedades resilientes, inclusivas e igualitárias do amanhã».