O sexto relatório anual de tecnologia da Bain & Company mostra que as empresas precisarão de 2 biliões de dólares (cerca de 1,71 biliões de euros) em receitas anuais para financiar a capacidade computacional necessária à procura crescente de IA até 2030. A consultora prevê que ainda se possa atingir 200 gigawatts de consumo adicional em termos de energia para alimentar os data centers ligados à inteligência artificial.
No entanto, várias organizações, que expandiram a IA em processos centrais, reportaram ganhos de 10% a 25% no EBITDA nos últimos dois anos. A verdade é que mesmo com as poupanças que a IA já está a gerar, o estudo revela que, globalmente, ainda existe um défice de 800 mil milhões de dólares (685,97 mil milhões de euros).
Álvaro Pires, sócio da Bain & Company, explica que «até 2030, os líderes tecnológicos terão o desafio de investir cerca de 500 mil milhões de dólares em despesas de capital e de encontrar 2 biliões de dólares em novas receitas para responder à procura de forma rentável».
Assim, «como a procura de IA está a ultrapassar a eficiência dos semicondutores, será fundamental gerir a inovação, a infraestrutura e eventuais escassezes para enfrentar os próximos anos», acrescenta o responsável.
O relatório mostra ainda que a China já representa cerca de 20% da capacidade mundial de fabrico de chips e que a computação quântica tem potencial para gerar até 250 mil milhões de dólares (214,37 mil milhões de euros) em valor de mercado em sectores como a indústria farmacêutica, finanças ou logística.
A Bain & Company diz ainda que o interesse por robôs humanóides está a aumentar, mas que o sucesso comercial dependerá da prontidão do ecossistema. Dessa forma as empresas que os testarem mais cedo estarão mais bem posicionadas para se tornarem líderes numa nova era de crescimento.






