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Emergn: 55% dos líderes admitem não ter talento suficiente para tirar proveito da IA

O estudo, que inquiriu 751 executivos, revela ainda que a gestão de produtos está a ganhar centralidade estratégica nas empresas.

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O estudo ‘Intelligent Delusion’ da Emergn revela grande parte dos líderes mundiais (77%) planeiam gerar receitas a partir de novas soluções de IA, embora 57% reconheçam que as expectativas estão a crescer mais depressa do que a capacidade de as concretizar.

No entanto, 55% dos inquiridos admitem que não vão conseguir alcançar os objectivos sem talento qualificado para enquadrar problemas, desenhar soluções e levá-las para o mercado. Apesar disso, os inquiridos estão optimista e 81% das organizações reportam retorno positivo sobre o investimento em iniciativas de IA no último ano.

No entanto, a Emergn alerta que a preparação organizacional e o investimento nas competências humanas continuam a ser factores críticos para que a promessa da IA se concretize. Alex Adamopoulos, fundador e CEO da empresa explica que «o desafio não está apenas em adoptar tecnologias avançadas, mas em colmatar lacunas de talento, competências e capacidade organizacional. Quanto mais inteligente for a tecnologia, mais fácil se torna sobrestimar a sua promessa e subestimar a condição humana necessária para o sucesso».

O estudo, que inquiriu 751 executivos, revela ainda que a gestão de produtos está a ganhar centralidade estratégica nas empresas e que, este ano, 87% dos líderes aumentaram o investimento nesta área, contra 26% no ano anterior. Mais de 65% afirmam que será fundamental para a sua estratégia no próximo ano. Além disso, 43% das organizações nomearam um chief product officer no último ano, contra 31% no período anterior.

O responsável acrescenta que «uma gestão de produtos madura permite alinhar equipas multidisciplinares, reduzir desperdícios no desenvolvimento, priorizar funcionalidades que geram retorno e garantir que a inovação responde a necessidades reais. No caso da IA, este alinhamento é decisivo para evitar que soluções fiquem presas em pilotos ou falhem na adopção pelo mercado».

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