O novo Pixel Pro 10 difere pouco do seu antecessor, em termos de design, sendo robusto, com grande qualidade de construção e aspecto premium. A isto não é alheio a inclusão de alumínio espacial e de Corning Gorilla Glass Victus 2 no seu fabrico que promete resistência às quedas do dia a dia, a riscos, à água e a poeira, e lhe confere certificação IP68.
O smartphone impressiona desde logo pela excelência do ecrã, um Super Actua de 6,3 polegadas com um brilho máximo de 3300 nits, o que permite uma grande visibilidade mesmo com sol, e uma taxa de actualização de até 120 Hz para oferecer uma experiência de visualização muito boa, quer quando estamos a usá-lo em modo profissional, quer para momentos de lazer como ver séries e jogar. No que diz respeito ao áudio, o Pixel oferece um som equilibrado com bons agudos, médios e graves, sendo que estes últimos perdem-se um bocadinho em volumes mais altos; nada que afecte a qualidade geral na utilização do equipamento.
Um dos destaques deste modelo, é sem dúvida a fotografia seja com luz do dia, à noite, com pouca luz, e quer sejam retratos ou paisagens: os resultados foram sempre impressionantes. Isto é possível dado que o módulo de câmaras traseiras é composto por um sensor de principal de 50MP, uma ultra grande-angular e uma teleobjectiva ambas de 48MP e o software de processamento de imagem. A novidade deste equipamento, em relação ao Pixel 9 Pro é o zoom Pro Res 100x, que usa IA generativa para melhorar os objectos a grande distância e que funciona muito bem. Ao nível do vídeo, o desempenho é também bom, permitindo gravar pequenas entrevistas, por exemplo, e vídeos curtos para as redes com muita qualidade.
Desempenho e autonomia
O Pixel Pro 10 tem o novo processador da Google, o Tensor G5, que segundo a marca, permite maior poder de processamento e de optimização para a IA. O que notámos nas três semanas de uso do smartphone é que é rápido na utilização no dia-a-dia e nunca se “engasga” nas tarefas, mesmo com diversas apps abertas em simultâneo; no entanto, pode aquecer um pouco com uso intensivo muito prolongado – mais de duas horas a filmar ou a jogar. A verdade é em benchmarks, este processador chegou a níveis similares ao Snapdragon 8 Gen 3 que equipa a maioria dos flagships da concorrência, o que deixava antever um bom comportamento mesmo quando precisássemos de usar o Pixel “mais a sério”.
A autonomia é o que seria de esperar num topo de gama, com este Google a ter uma bateria que dura o dia inteiro, mesmo com utilização exigente e muita IA. O carregamento rápido de 30W é um pouco abaixo de outros modelos da mesma gama, mas permite chegar aos 50% em pouco menos de 30 minutos. Outra das grandes mais-valias do Pixel 10 Pro é o Pixelsnap, ou seja, o carregamento sem fios magnético Qi2 que permite usar acessórios MagSafe, como acontece com o iPhone. Esta novidade é um elemento diferenciador que pode ajudar na hora de escolher um smartphone e, por isso, uma boa aposta da Google.
Software é mais-valia fundamental
Sem margem para dúvidas, o software é um dos pontos fortes do Pixel 10 Pro. O Android é o “mais puro” que se pode ter e por isso a experiência de utilização é a melhor que alguma vez tivemos num smartphone com o sistema operativo da Google; com o bónus de não termos bloatware com acontece com todas as outras marcas.
Além disso, na IA, este Pixel também dá cartas e de que maneira já que a tecnologia está plenamente integrada no dispositivo e permite não só melhorar a sua utilização como usá-lo para aumentar a produtividade (e muito). Alguns exemplos são: no email, para ajudar a ver que mensagens são realmente importantes e necessitam de resposta rápida; no Docs a fazer resumos; ou usar o Gemini para encontrar informações e realizar tarefas dentro das apps, como encontrar a morada de um determinado sítio ou adicionar uma nota; ou a integração do NotebookLM com o Gravador para desgravar uma entrevista e ter acesso às citações mais importantes. Algumas das funcionalidades não estão disponíveis em Portugal, o que é pena pois traria ainda mais valor à proposta da Google. Por outro lado, a promessa da empresa de sete anos de actualizações do Android faz com que este smartphone possa ser uma aposta de futuro, pela sua durabilidade, quer física, quer digital.
O Google Pixel 10 Pro pode ser adquirido na loja da marca, na Vodafone e retalhistas autorizados e tem um preço de 1119 euros (modelo testado).
Conclusões finais
O Pixel 10 Pro é um excelente smartphone para fotografia e para ajudar na produtividade, graças às funcionalidades de IA existentes e à forma como estão integradas no Android. Só é pena que todas as opções de inteligência artificial da Google não estejam disponíveis em Portugal.
Notas de Avaliação
- Construção: 5
- Funcionalidades: 4,8
- Qualidade/Preço: 4,5
- Final: 4,8
Ficha Técnica
- Processador: Google Tensor G5 (3 nm)
- Memória: 16 GB
- Armazenamento: 128 GB
- Câmaras: 146 MP (traseira), 42 MP (frontal)
- Ecrã: OLED LTPO 6,3”, 120 Hz (1280 x 2856), 495 ppi
- Bateria: 4870 mAh
- Dimensões: 152,8 x 72 x 8,5 mm
- Peso: 207 gr