A Cipher detectou mais de 800 ciberataques dirigidos ao retalho na Europa durante 2024, uma tendência de crescimento que também se registou em Portugal.
A divisão de cibersegurança do grupo Prosegur explica que este aumento «reflecte a maior exposição digital das organizações, em particular nos canais de comércio electrónico e nas cadeias de fornecimento, exigindo uma resposta coordenada e reforçada por parte do sector».
O top 3 dos sectores mais atacados no ano passado é ainda constituído pelos serviços empresariais e a indústria transformadora.
Segundo a Cipher, os vectores de ataque mais usados pelos cibercriminosos foram ransomware, violação de dados pessoais e empresariais, acesso não autorizado através de engenharia social e ataques às cadeias de abastecimento por via de terceiros comprometidos.
A empresa destaca ainda, que durante 2024, apenas 28% das organizações do sector do retalho afectadas por ciberataques de extorsão aceitaram pagar o resgate exigido pelos cibercriminosos, em comparação com 41% nos anos anteriores. Isto demonstra «uma maior sensibilização para os riscos de financiar organizações criminosas, bem como uma melhoria progressiva da preparação e da ciber-resiliência das empresas para lidar com os incidentes».
Para Luís Martins, Diretor-Geral da Cipher Portugal, «o sector do retalho enfrenta um ambiente cada vez mais hostil, em que a digitalização não só gera novas oportunidades de negócio, como também expande perigosamente a superfície de ataque. Já não se trata apenas de proteger as lojas online, mas de proteger toda uma cadeia, desde o fornecedor até ao cliente final. A ciber-resiliência não é uma opção, mas um imperativo estratégico para garantir a continuidade das actividades, a confiança dos consumidores e a integridade das operações comerciais».
