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Biotecnologia conta com inovação e IA para redesenhar o futuro da saúde

Startups, instituições académicas e clusters empresariais estão a acelerar a aplicação prática da biotecnologia em Portugal. A integração da inteligência artificial promete tornar o sector mais ágil, personalizado e global.

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Entre os programas destacados por Marta Passadouro, o InnoStars Awards assume um papel central ao apoiar startups em fase de MVP ou prestes a entrar em rondas de financiamento seed ou Série A. «Estas empresas precisam frequentemente de apoio externo, mas podem ainda não ser atractivas para os investidores privados. É aí que nós entramos».

A directora acrescenta que as equipas seleccionadas recebem subsídios não reembolsáveis, participam em sessões de formação intensivas e adquirem conhecimentos práticos em áreas como a modelação do negócio, quadros regulamentares e relações com investidores. «Damos prioridade a uma abordagem prática, assegurando que as startups recebem orientação que contribui directamente para o seu sucesso no mercado».

A complementar esta lógica de capacitação, o InnoStars Connect adopta uma abordagem de inovação aberta. «Ao contrário dos Prémios InnoStars, que se centram em startups em fase inicial que necessitam de financiamento, o InnoStars Connect reúne startups e grupos de investigação para resolver desafios definidos por líderes estabelecidos do sector».

No programa-piloto do ano passado, foi estabelecida uma parceria com duas empresas farmacêuticas italianas líderes, a Chiesi Farmaceutici e a Synlab Italia, que definiram desafios do sector para as empresas em fase de arranque resolverem com soluções inovadoras. «Estamos agora a trabalhar na expansão deste modelo e estamos em conversações com parceiros portugueses, incluindo hospitais, para definir novos desafios e reforçar ainda mais a colaboração com a indústria».

Outros programas com forte impacto incluem o InnoStars SPICE, que visa acelerar a comercialização de inovações na área da saúde. «Não se trata apenas de financiamento – trata-se de fornecer serviços especializados que ajudam as empresas em fase de arranque a navegar com êxito nos processos regulamentares, a efectuar a validação clínica e a comercializar os seus produtos». Neste primeiro lote, Marta Passadouro assume orgulhar-se de receber várias startups de elevado potencial, incluindo duas empresas portuguesas: iLoF e BestHealth4U (BH4U). «Estas startups estão a trabalhar em soluções inovadoras de healthtech – a iLoF está a aproveitar a IA para a medicina de precisão, enquanto a BH4U está a desenvolver adesivos médicos inovadores».

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