O Politécnico de Leiria foi selecionado para integrar o Grupo Consultivo para a Investigação e Desenvolvimento do Centro Europeu de Cibercrime da Europol (EC3), um organismo que reúne especialistas académicos com o objectivo de fortalecer a luta contra o cibercrime na Europa. A decisão, que segundo a instituição resulta de um rigoroso processo de avaliação, «reflecte o «percurso e a aposta estratégica da instituição no domínio da cibersegurança».
A candidatura do Politécnico de Leiria foi analisada com base em vários critérios, entre os quais a investigação desenvolvida na área da cibersegurança e cibercrime, o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas de suporte às forças de segurança, a participação em projectos financiados pela União Europeia e a oferta formativa na área, que inclui um mestrado em Cibersegurança e Informática Forense em funcionamento desde 2017/2018. «A aprovação da nossa candidatura e a integração neste grupo restrito da Europol é um orgulho para toda a instituição e o reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver na área da cibersegurança. Esta tem sido uma área estratégica do Politécnico de Leiria, na qual temos feito uma importante aposta», confirmou à businessIT Carlos Rabadão, presidente do Politécnico de Leiria.
Uma responsabilidade acrescida
A inclusão neste grupo consultivo da Europol coloca o Politécnico de Leiria no centro de uma rede de cooperação entre instituições académicas e organismos responsáveis pela aplicação da lei na Europa, sobretudo com o objectivo de promover a partilha de conhecimento, desenvolver soluções inovadoras para o combate ao cibercrime e aumentar a sensibilização para esta problemática junto da comunidade académica e das forças de segurança: «O Advisory Group (AG) on Research & Development é o mais recente grupo constituído pela Europol, actualmente em fase de construção, tendo sido confirmada a participação do Politécnico de Leiria».
Os próximos passos serão a realização de reuniões com os membros seleccionados para integrar o AG, «durante as quais serão definidas as linhas estratégicas e as iniciativas específicas a desenvolver», detalhou o presidente. «Assim, nesta fase inicial, ainda é prematuro detalhar as acções concretas que serão implementadas. Enquanto membro do grupo, o Politécnico de Leiria procurará contribuir com a sua vasta experiência nas áreas de cibersegurança e informática forense, através da participação activa na definição de estratégias eficazes no combate ao cibercrime na Europa», diz a mesma fonte.
Impacto no ensino e investigação
A instituição não tem dúvidas de que a colaboração com a Europol abre «novas oportunidades» para a formação de profissionais altamente qualificados e para o desenvolvimento de projectos «inovadores» na área da cibersegurança. Segundo o presidente do Politécnico, esta participação «poderá contribuir significativamente para a valorização da oferta formativa, ao proporcionar acesso a novos conhecimentos, práticas inovadoras e redes de colaboração com especialistas de relevo». Embora de forma indirecta, Carlos Rabadão admite que esta iniciativa poderá também desempenhar um «papel fundamental» na preparação dos estudantes para os desafios do mercado de trabalho, «promovendo o contacto com abordagens e competências avançadas no contexto da cibersegurança».
