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Pedidos portugueses de patentes na OEP aumentaram 4,8% em 2024

No ano passado, a NOS Inovação, a Altice Labs e a Universidade do Porto foram as instituições que apresentaram o maior número de patentes nacionais.

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O Patent Index 2024 revela que as empresas e inventores portugueses apresentaram 347 pedidos de patentes na Organização Europeia de Patentes (OEP) em 2024, um novo recorde nacional e um aumento de 4,8% face ao ano anterior. Desde 2020, este tipo de pedido já cresceu 38,2%.

O Norte de Portugal continua a liderar o ranking regional com 179 pedidos de patentes, uma quota de cerca de 52% do total de pedidos, verificando-se um aumento de 13,3% em relação ao ano passado. Seguiram-se as regiões Centro e Lisboa, com 86 e 69 pedidos de patentes, respectivamente. O Centro do País registou um aumento de quase 18% nos pedidos de patentes europeias em 2024, em relação ao ano anterior.

Os sectores em que foram efectuados mais pedidos de patentes de Portugal no mercado europeu foram a tecnologia informática, a tecnologia médica e os produtos farmacêuticos, sendo que os dois primeiros representam cerca de um quarto dos pedidos nacionais.

A NOS Inovação, a Altice Labs e a Universidade do Porto apresentaram o maior número de patentes junto da OEP em 2024. Em comparação com o ano anterior, a NOS Inovação mantém a liderança, a Universidade do Porto desce um lugar na lista dos principais requerentes, enquanto a Altice Labs entra directamente para o segundo posto. A Ark – Indústria e o INESC Porto fecham o top 5 das empresas/instituições com mais pedidos de patentes. As Universidades de Aveiro, Minho e Nova de Lisboa ocupam o oitavo, nono e décimo lugares.

O Patent Index analisa também o contributo das mulheres para a inovação e Portugal volta a estar em destaque com 48% dos pedidos de patentes a ter mencionada, pelo menos, uma inventora. Este valor é quase o dobro da média dos 39 países membros da OEP (25%) e coloca Portugal em segundo lugar entre todos estes países, sendo apenas ultrapassado pela Macedónia do Norte.

A nível mundial, os Estados Unidos mantiveram a sua posição como principal país de origem dos pedidos de patentes europeias, seguidos da Alemanha, do Japão, da China e da República da Coreia. Os Estados-Membros da OEP foram responsáveis por 43% dos pedidos, enquanto 57% vieram de fora da Europa. Além disso, os pedidos de patentes feitos à organização registaram um aumento de 0,3%, impulsionado pelo crescimento da Suíça (3,2%) e do Reino Unido (3,1%).

António Campinos, presidente da OEP, explica que «apesar das incertezas políticas e económicas, as empresas e os inventores europeus apresentaram mais pedidos de patentes no ano passado, o que evidencia as suas capacidades tecnológicas e o seu investimento contínuo em I&D».

O responsável avança que «os dados sobre patentes da OEP oferecem um indicador relevante para a definição das prioridades da indústria, das políticas e do investimento. Tal como advertem os relatórios de Draghi e Letta para se manter competitiva a nível mundial, a Europa deve reforçar o seu ecossistema de inovação e fazer mais para ajudar os inventores a expandir e comercializar as suas invenções, especialmente em áreas críticas como as tecnologias verdes, a IA e os semicondutores».

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