NacionalNotícias

Grupo Seresco investe 2,5 milhões de euros em Portugal com a compra da F5IT

A multinacional de origem espanhola realizou um evento de imprensa onde revelou que adquiriu a consultora tecnológica portuguesa especializada na personalização e implementação da solução Sage X3.

© Grupo Seresco

O Grupo Seresco reforçou a sua presença em Portugal com a compra de 75% da F5IT, num investimento de 2,5 milhões de euros. Fundada em 2006, a consultora tecnológica portuguesa é especializada no desenvolvimento, personalização e implementação da solução de gestão empresarial X3 sendo Platinum Partner Sage X3 – Tech Partner Plus. Com uma carteira com mais de 120 clientes, a empresa fechou o ano passado com um volume de negócio de 2,9 milhões de euros.

O negócio faz parte do plano de expansão do grupo espanhol, consolidando a importância estratégica que o mercado português tem para o seu crescimento e junta-se à subsidiária Seresco Atlântico e à Elo – Sistemas de Informação, que foi adquirida em 2023.

Com a integração da F5IT, há uma maior especialização do grupo em soluções de gestão, um aumento do «portfólio de serviços» para dar resposta às necessidades dos clientes e do número de colaboradores que passa a 87 profissionais distribuídos pelos seus escritórios nas regiões de Lisboa e do Porto.

Soluções abrangentes e com qualidade
No evento, Alejandro Blanco Urizar, director de organização e relações institucionais do Grupo Seresco, revelou que tudo começou «em 1969» como uma empresa familiar que teve uma «visão de longo prazo e decidiu investir em tecnologia da informação». O responsável disse que «a evolução da empresa está ligada a elevados padrões de qualidade na prestação de serviços, que é basicamente o que constitui o Grupo Seresco».

O grupo tem soluções nas áreas de administração de pessoal e salários, transformação digital para PME, cadastro e cartografia, infraestruturas e segurança de informação, desenvolvimento de software e inovação agrícola e pecuária.

A multinacional tem «cerca de 50% do seu volume de negócios no sector público, nas empresas públicas e na administração pública, quer a nível governamental, quer a nível das administrações públicas locais ou territoriais» e os restantes «são principalmente grandes empresas», avançou Alejandro Blanco Urizar.

O responsável sublinhou que o grupo tem «cerca de 50% do seu volume de negócios no sector público, nas empresas públicas e na administração pública, quer a nível governamental, quer a nível das administrações locais» e os restantes «são principalmente grandes empresas».

Ao longo de 56 anos, a Seresco passou de uma empresa familiar para ser uma empresa cotada em bolsa e alcançou, em 2024, uma facturação de 53,6 milhões de euros, tendo crescido 7,2% face ao ano anterior. Já o EBITDA ajustado registou um incremento de cerca de 76%, fixando-se nos 8,7 milhões de euros.

A Seresco «tem vindo a crescer ao longo dos anos e tem-se dividido em áreas tecnológicas e de serviços» e processa «mais de 3 milhões de folhas de pagamento por ano», o que é «um selo da qualidade do serviço que prestamos», salientou o director de organização e relações institucionais.

Mercado nacional a crescer
Em Portugal, o grupo está presente desde 2015 e inclui a oferta de todo um portfólio de serviços e soluções para processamento salarial e de recursos humanos. «Diferenciamos na área do PPO a nível de serviços de outsourcing e de payroll», esclareceu Rita Mourinha, directora da Seresco Atlântico.

A filial nacional registou uma facturação superior a 4 milhões de euros, com um EBITDA de cerca de 600 mil euros. Com a entrada da F5IT, o grupo mantém o seu objectivo de «alcançar os 68 milhões de euros de facturação e um EBITDA ajustados superior a 10,5 milhões de euros».

A responsável destacou que tudo começou com «um projecto para uma indústria automóvel em Portugal» e que este «foi a porta de entrada no mercado nacional», sendo que a empresa «ainda hoje é cliente». Isto evidencia outras das características da Seresco, indica a directora: «Conseguimos ver a durabilidade das relações que conseguimos criar. Entregamos um serviço de qualidade e daí os clientes manterem-se por muitos anos».

A filial tem «100 clientes em Portugal» e Rita Mourinha sublinhou que estão «muito direccionados para médias e grandes empresas, sendo que a maior parte dos nossos clientes acabam por ser multinacionais que têm compliance muito exigente, que têm necessidades muito exigentes e que procuram parceiros, que consigam acompanhá-los em todas as necessidades, quer ao nível de tecnologia, mas também de segurança».

A responsável deu ainda uma novidade que está a ser preparada com a Ceinsa (Centro de Investigação Salarial) e que consiste num estudo de benchmarking salarial com dados portugueses «que está já a decorrer e que vai ser lançado para o mercado» em breve.

A directora da Seresco Atlântico sublinhou ainda que a nível de equipa existem colaboradores «de consultoria em Portugal, que desenvolvem todos os novos projectos», mas que ao nível o desenvolvimento de software é «feito em Espanha».

Deixe um comentário