O mercado da tecnologia é muito dinâmico e os profissionais têm de estar em constante evolução para se manterem relevantes. Mariana Salvaterra, CEO da Zühlke em Portugal, explica que o sector está a «exigir o desenvolvimento de novas competências, tanto técnicas como humanas, que permitam aos profissionais acompanhar a inovação e responder aos desafios». Assim, a responsável acredita que ter novas skills «não deve ser vista apenas como uma estratégia opcional», mas sim uma «necessidade para acompanhar as evoluções do mercado».
Com base na experiência prestadora de serviços, os colaboradores que trabalhem na área da tecnologia devem ter conhecimentos técnicos de inteligência artificial e machine learning, cibersegurança, análise e gestão de dado e computação em cloud. Por outro lado, também devem também estar comprometidos com a sustentabilidade, sendo capazes de «tornar as práticas de desenvolvimento sustentáveis, considerando o impacto ambiental e social das soluções» e estar a par de «directrizes de acessibilidade digital, tais como as de Acessibilidade de Conteúdo da Web».
Soft skills cada vez mais relevantes
Mariana Salvaterra explica à businessIT que, no contexto actual, os profissionais de tecnologia que se querem destacar «devem ser capazes de trabalhar e evoluir de forma holística». Se, por um lado, as empresas tecnológicas «procuram profissionais capazes de responder a desafios mais técnicos, através do domínio de competências mais especializadas em tecnologia», por outro, aqueles que «dominem igualmente soft skills serão os mais aptos a contribuir de forma diferenciada para o sector e a responder aos desafios de um mercado em constante transformação», diz a CEO. É por isto que, além das competências técnicas, a Zühlke considera que ter pensamento e análise crítica, capacidade de comunicação, de resolução de problemas, de trabalhar de forma inclusiva e ter uma mentalidade de aprendizagem contínua são igualmente skills revelantes para este ano. A empresa fala ainda na developer experience (DevEx) para a «melhorar os fluxos de trabalho da equipa, optimizar ferramentas e aumentar a eficiência».
A Zühlke diz que os profissionais tecnológicos devem saber trabalhar com equipas diversas, com colegas com diferentes características e de várias culturas, promovendo ambientes colaborativos. A CEO esclarece que as competências como a comunicação ou o trabalho em equipa são «particularmente importantes num mundo global onde o trabalho é mais distribuído» e que, ao mesmo tempo, «dado o cenário de transformação tecnológica acelerada, a aprendizagem contínua surge também como uma ferramenta central para evoluir ao lado da inovação».
Na Zühlke, o desenvolvimento de competências é «um processo contínuo», cujo objectivo passa por «promover a evolução de todas as pessoas para que se sintam concretizadas profissionalmente», adianta Mariana Salvaterra. É por esta razão que a empresa investe em «formações adaptadas à carreira e percurso que cada colaborador quer ter, com um leque vasto de competências técnicas e interpessoais relevantes para cada função», acrescenta a responsável. A Zühlke tem «formações específicas criadas in-house» sobre temas como «gestão de conflitos ou colaboração entre culturas», uma «subscrição da O’Reilly Media, que publica livros e organiza conferências sobre temas de informática» e «formações mais dedicadas às hard skills, dos mais variados cloud providers ou em áreas como cibersegurança ou Scrum». Mariana Salvaterra refere ainda que a Zühlke dá oportunidade de os colaboradores «experimentarem acompanhar colegas de outras áreas, funções ou projectos, para ampliarem os seus conhecimentos».