NotíciasSegurança

BCG: cibercrime e as perturbações tecnológicas como os principais riscos estratégicos para os líderes empresariais

O relatório prevê que as despesas globais associadas aos ataques cibernéticos atinjam 13,8 biliões de dólares (cerca de 13,42 biliões de euros) até 2028.

wirestock /Freepik

O estudo ‘Are Leaders as Prepared for Strategic Risks as They Think They Are?‘ da Boston Consulting Group (BCG) mostra que os líderes empresariais consideram o cibercrime e as perturbações tecnológicas como os principais riscos estratégicos a curto prazo (no próximo ano) e a médio prazo (nos próximos três a cinco anos).

O relatório, feito com base em 200 inquéritos, prevê que as despesas globais associadas aos ataques cibernéticos atinjam 13,8 biliões de dólares (cerca de 13,42 biliões de euros) até 2028 e revela que o custo médio de uma violação de dados subiu para 4,5 milhões de dólares (4,38 milhões de euros) em 2023, um crescimento de 15% face aos três anos anteriores.

Apesar deste cenário, a 71% dos entrevistados sente-se confiante na preparação estratégica das suas organizações para enfrentar riscos, e 79% considera a gestão de riscos estratégicos como uma prioridade. No entanto, mais de metade (53%) afirma que a sua organização enfrentou uma crise ou grande disrupção no último ano.

Para a BCG, os líderes das empresas devem «olhar para o risco, não apenas como um desafio, mas também como uma oportunidade». Assim, a consultora aconselha uma mudança de mentalidade organizacional em relação ao risco; integrar os processos de gestão de risco no planeamento estratégico com equipas que incluam profissionais das duas áreas e a melhorar a detecção, monitorização e relato dos riscos.

«Num mundo cada vez mais digital e vulnerável a ameaças, nomeadamente de cibersegurança, a identificação e a capitalização de oportunidades potenciais decorrentes de riscos e disrupções é crucial para aumentar a resiliência das empresas» afirma Pedro Pereira, Managing Director e Senior Partner da BCG em
Lisboa.

O responsável acrescenta que «a antecipação estratégica destes riscos permite uma compreensão mais profunda das potenciais oportunidades, aumentando a capacidade da organização para tomar decisões estratégicas, adaptar-se a diversos contextos disruptivos, agir proativamente de forma pioneira e ganhar vantagem competitiva face aos concorrentes».

Deixe um comentário