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OEP: Portugal ocupa o 16º lugar entre os países europeus com mais investidores em startups

Portugal Ventures, EIC, Startup Braga, ESA, Indico Capital Partners, Armilar Venture Partner e Shilling VC estão entre os principais investidores em tecnologia nacional.

jannoon028 /Freepik

O relatório ‘Mapping investors for European innovators’ da Organização Europeia de Patentes (OEP) mostra que Portugal está no 16º lugar entre os países europeus com mais investidores activos na área das startups tecnológicas, registando 1450 transacções e 3,6 mil milhões de euros de investimento entre 2000 e 2023.

O Reino Unido, a França e a Alemanha lideram o top dos países com mais investidores no sector tecnológico. Em conjunto, estes três países foram responsáveis por um total de aproximadamente 75 800 transacções, com um financiamento total de cerca de 392 mil milhões de euros entre 2000 e 2023, apoiado por cerca de 6100 investidores.

Após os três primeiros, seguiram-se os Países Baixos, a Suíça, a Noruega, a Suécia e a Bélgica com mais de 240 400 transacções acumuladas e quase 88,5 mil milhões de euros no mesmo período. Os outros países europeus, no seu conjunto, representam um total de mais de 22 000 transacções, com um financiamento total de mais de 70 mil milhões de euros. Segundo a OEP, isto «demonstra um forte potencial de crescimento na especialização tecnológica» por parte da Europa.

O estudo revela ainda que o investimento em tecnologia na Europa é impulsionado principalmente por grandes programas públicos e investidores privados especializados. Assim, o European Innovation Council, a Innovate UK, o Programa Eurostars para as PME, a Bpifrance e o Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia são os cinco investidores mais importantes da rede europeia de co-investidores.

Em Portugal, os principais investidores são Portugal Ventures, o EIC, a EIT Health, a Caixa Capital, a Startup Braga, a Armilar Venture Partners, a Shilling VC, o ESA Business Incubation Centre in Portugal, a Eurostars SME programme e o Indico Capital Partners. De acordo com o estudo, estas entidades representam cerca de 40% do investimento em Portugal na área das tecnologias.

Entre os investidores privados que ocupam as 100 principais posições, 62% concentram-se no financiamento da fase inicial, enquanto apenas 22% se especializam no financiamento da fase final, o que sublinha o capital limitado disponível na Europa. Em oposição, os investidores privados representam 98 dos 100 investidores mais importantes da rede de co-investidores dos EUA. Isto revela que há «um défice de financiamento» em relação aos Estados Unidos.

O novo relatório da OEP introduz uma nova métrica – o Technology Investor Score, que mede a percentagem de empresas que apresentaram pedidos de patentes na carteira de um investidor. Assim, foi possível determinar que 88% dos investidores europeus têm carteiras que incluem empresas com patentes. Além disso, 8% têm carteiras com mais de metade das suas empresas detentoras de patentes.

«As startups desempenham um papel crucial na comercialização de ideias disruptivas com grande potencial para estimular o progresso. No entanto, conforme destacado no relatório de Mario Draghi, muitas empresas inovadoras enfrentam obstáculos financeiros para crescer na Europa», afirma António Campinos, presidente da OEP.

O responsável salienta que «este défice de financiamento dificulta a transformação da inovação em startups escaláveis, levando os empreendedores a procurar oportunidades no exterior. Colmatar esta lacuna é crucial para revitalizar o crescimento sustentável em toda a Europa».

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