O evento ‘Road to Fifty’ da Acer reuniu 77 jornalistas de diversos países da EMEA para mostrar que, apesar do foco e de a comunicação da marca estar mais centrada na área do consumo, não descura a oferta comercial. Emmanuel Fromont, corporate vice president e president EMEA operations da Acer, explicou isso mesmo na sua intervenção: «Em comparação com a maioria dos nossos maiores concorrentes, o nosso portfólio é um pouco mais centrado no retalho que na área empresarial. No entanto, queremos reafirmar que, na região, o negócio comercial representa cerca de 1/3 das nossas receitas totais que são de dois mil milhões de dólares. Assim, como podem imaginar que é um negócio considerável e muito importante».
O responsável salientou ainda que a oferta da Acer for Business (divisão da tecnológica dedicada a soluções empresariais) é «muito sólida» e que passa «não só por computadores», mas também por «servidores, soluções de kiosk e digital signage, além de uma diversidade de serviços que vão da reparação ao financiamento». Sobre o negócio de servidores, o corporate vice president adiantou que, há dez anos, era uma «área forte da empresa na região»; contudo, acabou por decrescer e está, agora, a ser «relançada em diversos países». Emmanuel Fromont reconheceu ainda que os AI PC vão ser «uma revolução a par dos Copilot+» e que a Acer está a apostar forte em IA, quer no ecossistema da Microsoft, quer no da Google. O responsável referiu ainda que a empresa é «líder no segmento de Chromebooks» e que, apesar de este «ainda ser pequeno, está a crescer rapidamente».
Evolução e sustentabilidade
Massimiliano Rossi, EMEA vice president – product business unit core, commercial & customer service da Acer referiu que a empresa conseguiu «receitas globais de quase oito mil milhões de dólares», em 2023, e que «o negócio tradicional de computadores representa 70%» das mesmas. O responsável destacou o «grande marco» da tecnológica, que «tem quase cinquenta anos»: a compra da unidade de negócio de computadores da Texas Instruments há cerca de dez anos e da respectiva marca TravelMate. Já do «ponto de vista do produto, a empresa está a evoluir»: agora, «abrange também a área de lifestyle» e aposta na «inovação e na sustentabilidade». Massimiliano Rossi disse ainda que estes dois aspectos estão «ligados», já que, para «desenvolver um produto mais sustentável, é necessário um grande esforço do ponto de vista de design». Além disso, realçou o caracter inovador da Acer ao ter sido a marca que «introduziu o Chromebook no mercada da EMEA» e o facto de, de acordo com dados da IDC, já terem vendido «cinco milhões de unidades» de portáteis com sistema operativo da Google nos «últimos cinco anos».
O vice-presidente falou ainda do compromisso ambiental da empresa: a Acer tem «mais de trinta milhões de dispositivos feitos com matérias recicladas», mantém o objectivo de ser «neutra em carbono até 2050», participa na iniciativa «RE100 para utilização de energia 100% renovável em 2035» e a tem a certificação «Ecovadis Platinum».
IA é central no portfólio
A EMEA director – commercial, sales & marketing da Acer, Christina Pez, explicou que a estratégia da Acer for Business está assente em cinco pilares: a já referida «sustentabilidade, um amplo portfólio de produtos, o ecossistema de parceiros, serviços e o modelo as-a-service». A responsável acrescentou ainda que a «consciência ecológica» passa também pela «cadeia de abastecimento» e em «garantir que esta está igualmente comprometida» com a redução das emissões e que tem os «mesmos objectivos ambientais».
Ao nível da disponibilidade de equipamentos, Christina Pez disse que a tecnológica tem soluções para todo o «tipo de organizações», desde a «administração pública,a PME e a grandes empresas». Aqui, a Acer vê oportunidades na «mudança para o Windows 11», já que, no próximo ano, a Microsoft vai terminar o apoio técnico à versão anterior do sistema operativo e ajudar as empresas a «tirar partido da inteligência artificial» com os AI PC, tendo apresentado no evento os TravelMate P6 14, P4 Spin 14, P4 16 e P4 14 que incluem processadores com NPU (neural processing unit – unidade de processamento neural) para acelerar as tarefas relacionadas com inteligência artificial e uma tecla de atalho dedicada ao Copilot. Por outro lado, a responsável revelou a aposta nos sectores da «saúde e da educação» e em «trazer a transformação digital para as escolas», algo qua já «acontece há cerca de dez anos».
Em Lugano, a Acer revelou em primeira mão os Chromebooks Spin 512 LTE e Spin 714 pensados para o mercado da saúde. Estes modelos permitem aceder a «serviços online em qualquer lugar» e ter as informações dos pacientes «sempre actualizadas», conforme explicou Eline Tick, EMEA senior manager B2B business development da Acer. A marca apresentou ainda o Chromebook Plus Spin 714 com IA para o sector da educação (que «teve em conta o feedback dado por alunos e professores»); e os Chromebooks Plus Enterprise 515 e Spin 514, também com inteligência artificial, para ajudar as «organizações de todo o tipo e tamanho a aumentar a eficiência a colaboração», sublinhou Massimiliano Rossi.
Parceiros são fundamentais
Falando dos parceiros, Christina Pez sublinhou a importância dos mesmos, uma vez que a Acer funciona apenas com «vendas indirectas através do canal». A responsável esclareceu que o Programa de Parceiros Acer Synergy inclui três níveis de certificação (Autorizados, Gold e Platinum) e «duas certificações verticais: Parceiros Acer para a Educação e Parceiros Acer Cloud» – o primeiro está ligado a uma das áreas estratégicas para a empresa; e, o segundo, às soluções ChromeOS e ao apoio à migração para esse ambiente. A grande novidade é a adição do nível Premium que se destina «a parceiros com forte especialização no mercado em que actuam».
No que diz respeito aos serviços, a responsável esclareceu que a Acer «detém a maioria dos serviços de reparação» e os «contact centers», o que se torna importante para oferecer um apoio «mais eficiente» e «qualidade de reparação diferenciadora». Sobre o último pilar, Cristina Pez salientou a disponibilidade de um serviço de «smart finance». que permite às empresas ter «mais chash-flow disponível»; e do modelo «device-as-a-service», que «proporciona uma forma flexível de aumentar ou reduzir os parques de TI dos clientes». Além disso, é ainda possível às organizações devolverem equipamentos antigos através da plataforma Acer Trade-in Express «para ajudar a compensar o custo de novos produtos e contribuir para a economia circular, ao permitir que os mesmos sejam reutilizados ou reciclados». A responsável esclareceu ainda que a Acer tem um compromisso forte com a «fiabilidade e qualidade» e que, por isso, «oferece um programa em que se um dos equipamentos se avariar, no primeiro ano, reembolsa o cliente na totalidade e ainda suporta o custo da reparação».