A Oceano Fresco anunciou uma ronda de financiamento de e 17 milhões de euros que será usado para apoiar a expansão comercial e capacidade de produção e «no caminho» para se tornarem «líderes mundiais na aquicultura regenerativa de bivalves» como salienta Bernardo Carvalho, CEO da startup.
A empresa cultiva amêijoas e outros bivalves de uma forma sustentável e rastreável, com uma operação verticalmente integrada e apoiada em investigação e desenvolvimento. Tudo começa na maternidade na Nazaré e acaba na exploração em mar aberto ao largo da costa de Lagos, no Algarve. Segundo a empresa, esta cadeia de valor única «só é possível devido aos programas de I&D», sendo que a startup recebeu o ‘Selo de Excelência’ pela Comissão Europeia.
A sustentabilidade, já que a que não são produzidos resíduos de exploração e existe captação de CO2 pelas conchas, e a saúde, que evita os principais impactos negativos na produção alimentar ao não usar alimentos artificiais nem antibióticos, fazem parte do core da empresa.
O investimento foi liderado pela Indico Capital Partners, com a participação do Fundo de Capitalização e Resiliência do Banco Português de Fomento, criado no âmbito do PRR, e pelos anteriores investidores BlueCrow e Aqua-Spark.
O responsável da startup salienta que «ter parceiros conhecedores que partilhem os valores e visão é, pelo menos, tão importante como angariar dinheiro». Stephan de Moraes, presidente da Indico Capital, revela «entusiasmo em fazer parte da visão da Oceano Fresco de criar um novo vertical de aquicultura» e acrescenta que «a procura de amêijoas, especificamente, ultrapassa em muito a oferta actual e cultivá-las de forma sustentável e sistemática faz sentido a todos os níveis».
Já Ana Carvalho, CEO do Banco Português de Fomento afirma que este é «o primeiro investimento directo do fundo na economia do mar, que se admite possa iniciar um ciclo de apoio do BPF a este sector prioritário da economia nacional».