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IBM apresenta novidades no campo da computação quântica

A empresa quer, nos próximos 10 anos, que os seus processadores quânticos melhorem gradualmente a qualidade das operações que podem executar.

A IBM apresentou, durante o seu evento anual IBM Quantum Summit, o primeiro de uma nova série de processadores quânticos em larga escala. O IBM Quantum Heron tem uma arquitectura que foi projectada «nos últimos quatro anos para fornecer as mais altas métricas de desempenho, cinco vezes superior aos melhores resultados estabelecidos anteriormente pelo IBM Eagle, e as menores taxas de erro de qualquer processador quântico da empresa até ao momento».

A empresa aproveitou o momento para revelar também o Quantum System Two, o primeiro computador quântico modular empresarial que combina uma infraestrutura criogénica escalável e servidores de execução clássicos com electrónica modular para controlo de qubits.

Localizado em Yorktown Heights, Nova Iorque, começou a funcionar com três processadores Heron e esta será a base da arquitetura dos sistemas de computação quântica de próxima geração da IBM.

O roadmap de desenvolvimento quântico até 2033 foi também alvo alterações e nos próximos 10 anos, a ideia é aumentar o tamanho dos circuitos quânticos que podem ser executados e que as futuras gerações dos seus processadores quânticos melhorem gradualmente a qualidade das operações que podem executar, para ampliar significativamente a complexidade e o tamanho das cargas de trabalho que são capazes de processar.

Ao nível de software, as novidades são o software Qiskit 1.0, um kit de desenvolvimento de software open-source que oferece maior estabilidade e velocidade, e os Qiski Pattterns que consiste num conjunto de ferramentas para mapear problemas clássicos de forma simples, optimizá-los para circuitos quânticos e vão, assim, ajudar os programadores quânticos a criar código com mais facilidade.

Além disso, a IBM está a usar IA generativa para a programação de código quântico através do watsonx, a sua plataforma de IA empresarial. Com isto, a empresa quer ajudar a automatizar o desenvolvimento de código quântico para Qiskit.

Jay Gambetta, Vice President & IBM Fellow da IBM, explica que «este é um passo significativo para alargar a forma como se pode aceder à computação quântica e colocá-la nas mãos dos utilizadores enquanto instrumento para a exploração científica».

O responsável salienta que «com o avançado hardware dos sistemas IBM com mais de 100 qubits, assim como o software fácil de utilizar que a IBM estreia em Qiskit, os utilizadores e os cientistas computacionais podem agora obter resultados cada vez mais fiáveis a partir dos sistemas quânticos à medida que estes mapeiam problemas cada vez maiores e mais complexos aos circuitos quânticos».