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Vendas da Esprinet em Portugal aumentam 6% para 79,6 milhões de euros no terceiro trimestre

Apesar dos bons resultados no mercado nacional, as vendas da empresa caíram em toda a Europa.

Jannoon028/Freepik

A Esprinet anunciou os resultados do terceiro trimestre de 2023 em que as vendas globais atingiram 2,7 mil milhões de euros, um decréscimo de 15% face aos 3,2 mil milhões de euros alcançados no período homólogo. Portugal foi o único mercado europeu onde as receitas da empresa de serviços de consultoria, venda e aluguer de produtos tecnológicos e cibersegurança continuaram a crescer no conjunto dos nove meses de 2023.

O EBITDA ajustado do grupo de serviços de consultoria, venda e aluguer de produtos tecnológicos e cibersegurança foi de 36,6 milhões de euros, o que corresponde a -33% do que o alcançado no primeiro semestre de 2022 (54,94 milhões de euros). Os resultados líquidos também desceram para 2 milhões de euros, um decréscimo de 62%.

No entanto, a empresa conseguiu aumentar a margem de lucro bruto e diminui a posição financeira líquida para – 260 milhões de euros, quando no período homólogo era de -385 milhões de euros.

A facturação da Esprinet em Itália desceu 12%, em relação aos primeiros nove meses de 2022, para 1,68 mil milhões de euros devido ao desempenho negativo, num mercado cujo desempenho, de acordo com os dados da Context, é inferior em 5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em Espanha, a queda foi de 20% para 949,3 milhões de euros e, em Portugal, a empresa registou vendas de 27,5 milhões de euros, crescendo 20% face aos 23 milhões conseguidos nos primeiros três meses do ano anterior. A nível nacional, a Esprinet cresceu 6%, num mercado que registou uma redução de -6% no desempenho, e atingiu vendas de 79,6 milhões de euros.

Nos outros mercados da da União Europeia onde a Esprinet actua, a descida foi de 41% para 17,5 milhões de euros, mas fora da UE, a empresa conseguiu aumentar as vendas para 13,3 milhões e assim crescer 1%.

Alessandro Cattani, CEO da Esprinet explica que o ano de 2023 esta a ser «caracterizado por fortes tensões geopolíticas e uma persistente instabilidade no mercado das TIC» e que este «é também um ano de transição» para a empresa.

O responsável explica esta mudança: «Acelerámos a execução da nossa estratégia que visa reforçar a oferta de linhas de margem elevada, também através da reformulação funcional da V-Valley, a divisão que lida com soluções e serviços. Graças a isto, podemos agora orgulhar-nos de um aumento global considerável da margem de lucro bruto combinado com uma optimização progressiva dos custos. O grupo está assim a lançar as bases para um aumento futuro planeado da margem EBITDA, adaptando a sua estratégia de modo a beneficiar da oportunidade de recuperação nos próximos anos».