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BCG revela que computação quântica pode gerar receitas de mais de 800 mil milhões de euros em 2035

De acordo com o estudo, que inquiriu 105 empresas, metade investe, anualmente, cerca de 1 milhão de euros nesta tecnologia.

Computador quântico - IBM

A Boston Consulting Group (BCG) divulgou os resultados do estudo ‘Quantum Computing is Becoming Business Ready‘ em que conclui que, uma vez atingida a maturidade (prevista para cerca de 2035), a tecnologia poderá criar entre 425 e 802 mil milhões de euros (450 e 850 mil milhões de dólares) em novas receitas e poupanças de custos. No entanto, a consultora estima que 90% deste valor irá para os primeiros utilizadores da tecnologia.

O relatório mostra ainda que o investimento de capital de risco em computação quântica duplicou nos últimos três anos para quase 1,5 mil milhões de euros (1,6 mil milhões de dólares) em 2022. Durante o mesmo período, os casos de utilização empresarial triplicaram, com mais de 100 provas de conceito empresariais activas no ano passado em sectores como a energia, serviços financeiros, cuidados de saúde e indústria automóvel.

De acordo com o estudo, que inquiriu 105 empresas, metade investe cerca de 1 milhão de euros (mais de 1 milhão de dólares) por ano na tecnologia e 70% destas empresas já o fazem há mais de três anos. Segundo a BCG, «quem gasta acima deste nível têm duas vezes maior probabilidade de ter uma estratégia para proteger a sua propriedade intelectual e desenvolver as suas capacidades internas.

Quase todas as empresas planeiam manter ou aumentar a despesa com computação quântica nos próximos anos; com 80% dos primeiros utilizadores que gastam 4,7 milhões de euros (5 milhões de dólares) ou mais por ano pretendem aumentar a sua vantagem competitiva, planeando investir mais ano após ano.

A BCG aponta ainda o caminho para o desenvolvimento de uma estratégia bem-sucedida de computação quântica: «identificar os casos de utilização certos, seleccionar os fornecedores e parceiros certos e desenvolver um sistema de gestão para incubar a tecnologia que equilibre a obtenção de valor comercial a curto prazo com as perspectivas de vantagens a longo prazo». A consultora esclarece que é «importante, desde o início, articular os casos de utilização e o seu valor para a empresa e clarificar os desafios envolvidos para uma correcta gestão das expectativas».