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Revolução verde: a transição indispensável para as tecnologias sustentáveis

O planeta está numa verdadeira encruzilhada. À medida que navegamos através das marés turbulentas de mudanças climáticas, poluição ambiental e esgotamento dos recursos naturais, a necessidade de alternativas sustentáveis nunca foi tão urgente. As tecnologias sustentáveis oferecem uma luz de esperança, prometendo um futuro onde o crescimento e a preservação da Natureza podem coexistir.

Galina Nelyubova/Unsplash

À medida que a procura destas tecnologias aumenta, as empresas terão a oportunidade de criar um valor significativo, ajudando, simultaneamente, a reduzir as emissões. A análise da McKinsey sugere que, num cenário em que o mundo atinge a neutralidade carbónica até 2050, as despesas de capital em equipamentos e infra-estruturas com uma intensidade de emissões relativamente baixa seriam, em média, de 6,5 biliões de dólares por ano – mais de dois terços dos 9,2 biliões de dólares em despesas de capital anuais durante esse período. «A nossa opinião é que quase todos esses activos de baixas emissões incluiriam tecnologias climáticas», sublinha a McKinsey. Isto não quer dizer que a inovação e a adopção destas tecnologias seja um processo simples: «O mais provável é que sejam disruptivos», acrescenta a consultora.

Inovação tem de acelerar
A inovação também tem de acelerar. Para a maioria das tecnologias climáticas, os custos estão a diminuir demasiado lentamente para reduzir as emissões de acordo com as metas de zero emissões líquidas de meados do século. Para quebrar a curva dos custos, a McKinsey defende abordagens pouco ortodoxas ao desenvolvimento, integração e aumento de escala da tecnologia – incluindo um grau de colaboração raramente visto noutros tipos de tecnologias: «A nossa experiência de trabalho com centenas de empresas de tecnologia climática e participantes da cadeia de valor sugere que as organizações eficazes reconhecem três aspectos fundamentais do domínio da tecnologia climática: as tecnologias climáticas são altamente interdependentes; competir nestes mercados interdependentes exige cooperação entre cadeias de valor e ecossistemas industriais; e é possível obter poderosas vantagens de pioneirismo através da assunção de riscos e de acções ousadas».

A difusão das tecnologias digitais já deu origem a jovens empresas dominantes e alterou a hierarquia das empresas estabelecidas. Agora, o crescimento de um mercado de tecnologias climáticas de vários biliões de dólares deverá reconfigurar as indústrias e redistribuir o valor por toda a economia, criando novas histórias de sucesso, tanto para as empresas ecológicas em ascensão como para as já estabelecidas: «Estes desenvolvimentos definirão o legado dos líderes dos sectores público e privado. Aqueles que agirem com coragem podem posicionar melhor as suas empresas para o sucesso a longo prazo – ao mesmo tempo que apoiam a resposta global urgentemente necessária às alterações climáticas».