A askblue anunciou um volume de negócios de 19,8 milhões de euros, em 2022, o que corresponde a um crescimento de 20%, face ao ano anterior. Pedro Nicolau, CEO da empresa portuguesa de consultoria tecnológica e de negócio, explica que os resultados mostram a «consolidação da empresa no mercado nacional e de crescimento ao nível internacional», além da «melhoria da capacidade de resposta às solicitações do mercado» e do lançamento de «novas ofertas, como a de quality assurance».
Para este ano, a empresa deve continuar o seu trajecto ascendente: «Esperamos um crescimento em linha com o do ano passado, excepto em áreas relacionadas com o sector não-financeiro, como a energia e os transportes, onde esperamos um crescimento superior. Durante o primeiro trimestre deste ano, o volume de negócios esteve de acordo com o previsto, contudo, tendo em conta o contexto internacional e o protelar de investimentos em alguns sectores, tivemos de reforçar a nossa actividade comercial para mitigar os impactos no segundo semestre».
Já sobre a estratégia, a empresa quer «continuar a desenvolver projectos nos principais clientes, reforçando a confiança para entrega de projectos de cada vez maior complexidade, ao mesmo tempo que quer explorar novos mercados e serviços». Para isso, a equipa vai crescer – a askblue tem «cinquenta vagas em aberto» e serão abertas mais, «à medida que os clientes adjudiquem novos projectos», diz Pedro Nicolau.
A importância do mercado externo
O mercado internacional foi responsável por 7% da facturação, em 2022, e a empresa «reforçou parcerias em diversos locais na Europa, nos EUA e no Médio Oriente»; contudo, o grande destaque foi a abertura de «dois escritórios no Brasil: Goiânia e São Paulo». Estas localizações têm como foco o «fornecimento de soluções de transformação digital para os sectores financeiro, industrial, do agro-negócio e da indústria farmacêutica, não só para os projectos locais, como também para a operação da empresa a nível global».
O CEO da askblue salienta ainda que este é o «primeiro ano da operação no Brasil» e que a empresa está, ainda, numa «fase de apresentação ao mercado»; Pedro Nicolau faz o balanço destes primeiros tempos de actividade: «A nossa equipa está a fazer o levantamento das necessidades de mercado e as empresas brasileiras estão ainda na fase de conhecimento da empresa, da equipa de gestão local e, em alguns casos, em processos de homologação de fornecedores, não obstante já existirem várias consultas em curso».
Além disso, para aumentar o negócio no Brasil, a askblue «estabeleceu parcerias com instituições de ensino superior para atrair talento» e está a ser feito «um investimento em academias» – a primeira, com «colaboradores do Brasil e de Portugal teve resultados muito positivos», esclarece o responsável.
Em 2023, a tecnológica tem perspectivas de «continuar a crescer, em particular no Norte da Europa e no Médio Oriente», com o mercado internacional a ser responsável por «9% do volume de negócios». Mas Pedro Nicolau não descarta a expansão para novas geografias: «Não obstante estarmos, este ano, focados em consolidar o mercado brasileiro, vamos avaliar novas geografias, de forma contínua. Nestes casos, a estratégia é apoiada em parcerias, sendo a primeira etapa a escolha de parceiros locais alinhados com os nossos valores».