A Batch foi criada no início de 2021 por Pedro Vasconcelos e Rui Gonçalves; o foco está em «assegurar entregas rápidas (duas horas e same day) em todo o País, para ir ao encontro das necessidades do consumidor online actual». A ideia surgiu em plena pandemia: «No Verão de 2020, estava em casa e decidi enviar e-mails para algumas marcas no sentido de perceber se teriam interesse numa nova opção de entrega de encomendas», explica CEO da startup, Pedro Vasconcelos.
A Batch desenvolveu uma plataforma «in house» que incluiu uma área de picking, uma para o consumidor e outra de tracking, além de uma app para os estafetas. A solução, que se integra no site do cliente em «dez minutos», permite tornar a logística um serviço digital, rápido e mais ecológico, ao mesmo tempo que «liberta as marcas para que se concentrem nos seus negócios», salienta. Mas a Batch é mais que uma plataforma de entregas: «Oferece um serviço 360º que vai desde o armazenamento numa dark store até à entrega» e «funciona como white label da logística, personalizando os serviços com o logo e com as cores de cada marca, dando ao consumidor a sensação de que tudo foi tratado pela mesma», explica o responsável. Além disso, a empresa consegue, desde o início de 2022, fazer «entregas na União Europeia através de parceiros de confiança».
Sobre o que torna único a solução da Batch, Pedro Vasconcelos acredita que está no facto de «oferecer um serviço last mile delivery inovador» em que o consumidor tem acesso a todas as informações sobre o processo de entrega, «graças a página de tracking e mensagens por WhatsApp, com dados enviados em tempo real pelo estafeta». Além disto, Pedro Vasconcelos refere a «gestão sustentável das devoluções que apenas três cliques; e uma «forte componente ecofriendly em todas as fases do processo, com embalagens sustentáveis, materiais ecológicos (fitas de embalamento, etiquetas…), assim como o transporte», já que grande parte da frota é eléctrica.
Triplicar facturação e passar os mil clientes
A Batch tem, actualmente, vinte colaboradores e espera contratar dez pessoas em 2023 para as áreas de «operações, comercial, tecnologia e business development», afirma o empreendedor. Por outro lado, os objectivos passam por «inaugurar um darkstore no Porto, o que deverá acontecer entre o terceiro e o quarto trimestre deste ano», que se junta à de Lisboa; «superar a barreira de mil clientes, triplicar a facturação» e «consolidar a presença em Portugal como um player eficiente», sublinha o CEO.
Finalmente, a startup quer ainda «ajudar os clientes a crescerem e terem um sistema mais eficiente de devoluções», uma vez que Pedro Vasconcelos considera que este «é um dos grandes problemas das marcas a nível da logística».
A Batch já conseguiu duas rondas de financiamento num valor total de 1,2 milhões de euros. Entre os principais investidores estão a Apex Capital (do piloto António Félix da Costa) e a Power Dot, uma empresa portuguesa de carregadores para veículos eléctricos.