A Kaspersky publicou um relatório que analisa o ransomware ao longo 2022 e nos três primeiros meses de 2023. Segunda a empresa, as suas soluções detectaram mais de 74,2 milhões de tentativas de ataques deste tipo e, um aumento de 20% em relação a 2021 (61,7 milhões).
Já no início de 2023, a tecnológica sublinha que existiu um ligeiro declínio do número de ataques de ransomware, mas que estes são mais sofisticados e direccionados. Os grupos de ransomware com maior impacto, no ano passado, foram o REvil e Conti, enquanto nos primeiros três meses de 2023 foram o Vice Society e o BlackCat, seguido do Clop e Royal.
Este ano, os investigadores da Kaspersky revelam que as três principais tendências são «a funcionalidade de auto-propagação, com os Black Basta, LockBit e Play entre os exemplos mais significativos de ransomware que se propaga por si próprio»; a utilização abusiva de controladores para fins maliciosos e a adopção de código divulgado ou vendido por outros cibercriminosos para melhorar as funções do malware.
Dimitry Galov, investigador de segurança sénior da Equipa de Análise e Pesquisa Global da Kaspersky, explica que os grupos de ransomware surpreendem continuamente e nunca param de desenvolver as suas técnicas e procedimentos». O responsável acrescenta que cibercriminosos «estão gradualmente a transformar os seus serviços em empresas de pleno direito. Este facto torna até os atacantes amadores bastante perigosos».