A Exclusive Networks registou 4,5 mil milhões de euros em vendas líquidas no ano passado, o que representa um aumento de 38% em comparação com o período homólogo de 2021. Elizabeth Alves, sales director da empresa em Portugal, explica que foi na EMEA que o grupo «obteve o seu maior crescimento: 40% em relação a 2021». Esta região chegou aos 3,5 mil milhões de euros em vendas líquidas e representa agora «78% das receitas» da empresa. Estes resultados mostram a «tendência de investimento crescente em cibersegurança», salienta a responsável, que diz haver cinco “ingredientes” na receita do sucesso da Exclusive Networks: «O aumento do número de parceiros activos que trabalha connosco, neste momento acima dos 23 mil; a expansão para novas geografias; os contratos com novos fabricantes; os novos serviços técnicos de pré e pós-venda e financeiros, no qual se encontra a plataforma X-OD; e as aquisições. Nos últimos dez anos, adquirimos dezoito empresas, o que nos permitiu complementar a nossa oferta».
Novidade em Portugal
Elizabeth Alves avança que o objectivo é «implementar a X-OD em Portugal, em 2023» e explica por quê: «A equipa cresceu e, por isso, acredito que no Verão deste ano já consigamos ter os primeiros parceiros a trabalhar neste modelo». A plataforma reúne, num só local, todos os serviços e produtos da Exclusive Networks, sejam «hardware ou software» e é uma ferramenta que consiste no «financiamento de um serviço de segurança». A sales director destaca o motivo da aposta: «Permite-nos responder às necessidades do mercado, porque muitas empresas querem um serviço com um pagamento mensal. Muitas vezes as organizações acabam por não investir porque olham para a conta final e vêem um valor muito alto e com a X-OD o pagamento é diluído, o que vai permitir que invistam mais».
Sobre o mercado nacional, a responsável afirma que a Exclusive Networks sente que há uma «procura muito grande de projectos neste modelo nas PME e até em empresas de grande dimensão».
A X-OD já existe noutros mercados há alguns anos; em Espanha está há três e, em Portugal, a empresa está em processo de implementação: «Estamos a procurar parceiros que cumpram os nossos requisitos para que façam parte da plataforma. É mais uma ferramenta que damos aos parceiros que permitem chegar a muito mais clientes. Neste momento estamos a considerar contratos de subscrição de um em três anos».
Estratégia para crescer
Sobre o mercado da cibersegurança, Elizabeth Alves diz que há uma «grande preocupação sobretudo nas componentes de managed services e gestão de identidades»; recentemente há também «uma atenção muito grande na parte de IoT». Esta será uma das áreas a desenvolver este ano: «Queremos capacitar-nos internamente com tecnologias e dar ferramentas aos nossos parceiros para que eles possam responder aos clientes». A responsável avança ainda qual será a estratégia: «Vamos dar continuidade ao que tem sido feito. Trabalhamos para ter soluções que possam responder ao mercado numa perspectiva 360, ou seja, de forma completa. Sabemos que será um ano de desafios e, por isso, vamos continuar a focar-nos em ter tecnologias que tragam valor aos nossos parceiros e em capacitá-los. O nosso ADN é termos fabricantes que são novos e disruptivos e isso obriga-nos a ter um nível de certificação e conhecimento técnico muito grande, mas é isso que também nos destaca».