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Sage: a inovação é vital para uma economia circular no sector da produção e distribuição

O ‘The State of the Circular Economy’ revela os desafios encontrados pelas empresas de produção e distribuição na transição para a economia circular.

Ruchindra Gunasekara/Unsplash

Segundo o estudo da Sage, 84% dos líderes entrevistados afirma que criar e implementar uma estratégia de economia circular é uma das suas funções e 32% acredita mesmo que é um aspecto central no cargo que desempenha.

O relatório, que incluiu 859 respostas de líderes empresariais e de TI das indústrias de produção e distribuição de África do Sul, Alemanha, Canadá, Espanha, EUA, França, Irlanda e Reino Unido, mostra ainda que 32% dos inquiridos já regista benefícios significativos resultantes da economia circular e prevê que outro terço (32%) comece a tirar proveito de dessa estratégia dentro de um a três anos.

Entre os benefícios estão a melhor reputação (50%), a maior eficiência energética (47%), a maior resiliência empresarial (46%) e um impacto reduzido no ambiente (46%). Por outro lado, 46% estão preocupados com a deterioração da imagem da marca, caso não adoptem medidas de economia circular; a mesma percentagem tem receio de ver uma redução da rentabilidade a longo prazo, caso não sejam tomadas acções sustentáveis.

Transformação digital é essencial
Para adoptar uma estratégia de economia circular, as empresas consideram que é imperativo concretizar os seus processos de transformação digital. Os líderes dos fabricantes e distribuidores consideram que as novas tecnologias e a inovação (72%) são fundamentais para uma correcta adopção da economia circular, no caminho para a sustentabilidade. Assim, os líderes entrevistados no estudo da Sage consideram que as tecnologias mais importantes para se tornarem sustentáveis são as aplicações cloud (74%), a análise de dados (68%) e a automação (67%). Segundo o relatório, os inquiridos utilizam a cloud pública para aplicações de cadeia de abastecimento (39%), CRM (38%), business intelligence (35%), gestão de recursos humanos (34%), ERP (32%) e payroll (29%).

Isaac Sacolick, presidente e fundador da StarCIO (uma empresa que participou no relatório), acredita que, à medida que houver «mais insights de dados à disposição», as organizações vão ser «capazes de identificar os casos de utilização mais adequados para a automação e para as tecnologias transformadoras». O objectivo será «melhorar a eficiência de custos e libertar tempo para se focarem na necessidade premente de uma economia circular e de uma estratégia de sustentabilidade».

No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para que a digitalização do sector da produção e distribuição seja uma realidade: 67% dos entrevistados ainda não transformaram as suas operações de forma a chegarem a uma estratégia de economia circular. Entre os principais desafios para fazer a digitalização necessária, 71% referem a dificuldade em encontrar colaboradores com as competências adequadas; 68% indicam as limitações custos e orçamentos; e outros 68% salientam a actualização das integrações e processos tecnológicos.