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Datacore mantém-se lucrativa há treze anos e reforça investimentos durante a pandemia

A indústria de media e entretenimento, a par do sector da saúde, são os principais alvos da Datacore.

Carlos Muza/Unsplash

Há treze anos que a norte-americana Datacore consegue obter lucros nos seus resultados, garantiu o CEO David Zabrowski, durante a edição europeia do IT Press Tour, que aconteceu no princípio de Setembro, em Paris. Antes de seguir para Amsterdão, para a abertura do evento IBC, o executivo apresentou aos jornalistas o ‘roadmap’ deste fornecedor de soluções de armazenamento, definido por software, para os próximos três anos. O ‘roteiro’ reflecte o investimento feito nos últimos anos, nomeadamente durante o período de pandemia, em especial na área de pesquisa e desenvolvimento. «Adquirimos duas empresas neste período [Caringo e MayaData] para oferecer uma plataforma de virtualização global, a Datacore One, capaz de gerir não só o armazenamento primário como secundário».

Pouco antes do IBC, o CEO apresentou em Paris o SymplyPerifery, uma versão de ponta da sua plataforma de armazenamento de objectos Swarm para aplicações de media e entretenimento, incluindo o arquivo de conteúdo, preservação, distribuição, transmissão, estúdios de produção e e-Sports. «O Swarm oferece melhorias significativas para ambientes de nuvem pública e local, incluindo a possibilidade de nuvem híbrida, desempenho aprimorado para streaming de vídeo e recursos de pesquisa de metadados extremamente rápidos», explicou o responsável.

Para materializar este produto, a empresa anunciou a união de forças com a Symply, uma empresa de soluções de armazenamento digital de alta velocidade. O novo SymplyPerifery é alimentado pela plataforma de armazenamento de objectos de última geração da DataCore, Perifery, projectada para dispositivos edge. «Integrado com poderosas ferramentas de fluxo de trabalho e gestão de activos, o SymplyPerifery fornece às organizações do sector de media e entretenimento ferramentas de arquivo altamente escaláveis, flexíveis e seguras, que se integram perfeitamente com fluxos de trabalho em produção, pós-produção, estúdios, e produção interna».

Mercado não cresce
A empresa, que segundo dados fornecidos pelo próprio CEO opera em Portugal através de seis parceiros locais, teve um ano de 2020 «particularmente desafiante», sobretudo porque o mercado global da área de infra-estrutura registou um declínio de 15%. «Ainda assim, conseguimos crescer e manter o lucro. Admito que não foi o que tínhamos previsto antes da COVID-19, mas foi muito bom».

A aposta em edge computing foi outro factor salientado por David Zabrowski no encontro em Paris. Segundo o relatório do Market Research Future, estima-se que este mercado atinja os 166 mil milhões de dólares entre 2020-2030, com a Gartner a prever que até 2025 mais de 50% dos dados gerados por empresas serão criados e processados fora do data center ou da nuvem». Além do mercado de media e entretenimento, o sector da saúde será outro dos principais alvos da empresa norte-americana.