Reportagem

SAP NOW: inovação e sustentabilidade vão ser as bases da recuperação

O evento anual da SAP Portugal, que aconteceu em formato digital, mostrou que as empresas têm de apostar na inovação e na sustentabilidade para conseguirem recuperar e terem sucesso no futuro.

Na abertura do SAP NOW Portugal de 2021, Luís Urmal Carrasqueira (na foto), director-geral da SAP Portugal, afirmou que as empresas já mostraram que são «resilientes» e que agora o tema é «recuperação e liderança». Para isso, as organizações «vão ter de se concentrar no seu negócio», mas também no «factor humano», dado que existe uma «falta de recursos tecnológicos, mas também da força de trabalho», salientou.

O responsável esclareceu que, para isso, é preciso «pensar na automação, em processos mais flexíveis que permitam conciliar os objectivos organizacionais com os hábitos que foram criados na pandemia e que ninguém está disposto a perder» e que SAP tem soluções que contribuem para tudo isto e ajudam a criar empresas inteligentes.

O director-geral explicou que uma empresa é inteligente quando tem «sistemas embutidos dentro de si como a robotização de processos financeiros, inteligência artificial para a relação com clientes, analítica avançada para ajudar a resolver problemas operacionais, sistemas de recursos humanos que permitam gerir a diversidade e inclusão e sistemas para adoptar políticas mais sustentáveis».

Luís Urmal Carrasqueira revelou ainda por que razão a inovação é importante: «Trazemos valor ao mercado e à comunidade empresarial ao disponibilizarmos as melhores práticas de 25 sectores, não para que os clientes as sigam, mas sim para que possam inovar sobre elas. Quando mais disruptivas forem, maior a probabilidade de recuperarem e liderarem o futuro».

O responsável disse ainda quais os objectivos da SAP Portugal: «Em relação à SAP Global é tornarmo-nos maiores que o nosso mercado. Já a nossa missão perante o País é sermos maiores que o negócio que cá fazemos através da atracção de investimentos estruturantes e fazendo crescer o nosso ecossistema de parceiros. A ideia é devolver a Portugal e à sociedade o que tanto nos têm dado».

Luís Urmal Carrasqueira assegurou ainda que no meio de tanta transformação uma coisa não vai mudar e isso é o «ADN da empresa», que assenta «numa cultura de proximidade, de inovação e de acrescentar valor». O director-geral deixou uma mensagem final: «Queremos ajudar as empresas a usar este momento de oportunidade de mercado para se tornarem vencedoras».

Inovar e ser cada vez mais sustentável
Inês Cordeiro, new markets director da SAP Portugal falou também de inovação e salientou que, com a digitalização, os novos modelos de negócio e a concorrência de startups, a gestão da mudança das organizações tornou-se «chave», pois as mesmas «têm de ser ágeis para darem resposta aos novos padrões de consumo e à inovação que o mercado exige». Para isso, as empresas vão ter de apostar numa «cultura de inovação» que será um factor crítico para o sucesso e, assim, «dar atenção às competências de futuro, à qualificação de recursos, à especialização tecnológica e ao enquadramento legal». A responsável referiu ainda que a inteligência artificial, o big data, o machine learning e o blockchain vão ser «pilares fundamentais para uma economia que se quer cada vez mais circular e sustentável».

O tema das alterações climáticas está na ordem do dia e Carlos Diaz, chief sustainability officer da Europa do Sul, Médio Oriente e África da SAP, falou de um «mundo de três zeros», ou seja, «zero emissões, zero resíduos e de desigualdade zero». O CSO argumentou que já não é suficiente dar informação sobre objectivos sustentáveis, é necessário dar «dados que se possam ser rastreados» e «unir dois mundos que estão agora desligados, o da informação financeira e da sustentabilidade».

Aqui, a SAP quer ajudar as empresas com a solução RISE, que tem novas funcionalidades como um conector EcoVadis, para avaliar a responsabilidade social corporativa, que está alojado em data centers que só usam energias renováveis. Tudo isto porque a sustentabilidade é uma corrida, mas diferente de todas as outras, disse Carlos Diaz: «Esta é uma corrida que não podemos ganhar sozinhos. Para tornar o mundo dos três zeros possível, é uma corrida que temos de vencer em conjunto».