A Colt tem tido uma estratégia de investimento que tem passado por Portugal, nomeadamente pelo três centros de desenvolvimento e competências que abriu no País, e vai reforçar novamente a equipa, que conta actualmente com cem profissionais. A tecnológica quer contratar mais quarenta colaboradores com diversos perfis, entre os quais para as áreas técnicas, de vendas, de gestão e de apoio ao cliente, o que corresponderá «a um aumento da massa salarial, de 1,5 milhões a 2 milhões de euros ao ano», revelou Carlos Jesus, country manager da Colt Portugal e VP global service delivery da Colt.
Numa conferência de imprensa virtual, o responsável salientou que a empresa «tem vindo a crescer em Portugal e que, desde 2015, mais que que quadruplicou o número de pessoas». Este facto deriva da «capacidade e qualidade dos serviços e soluções prestados e desenvolvidos pelo três centros de competência que apoiam tanto as empresas portuguesas no seu processo de globalização e digitalização, como as empresas multinacionais que operam em Portugal».
Para demonstrar os bons resultados, e dado que o responsável não pode revelar dados concretos do negócio nacional, Carlos Jesus disse que «a receita na área dos dados cresceu 25% entre 2018 e 2020». O country manager, salientou o sucesso do negócio no País: «A nossa operação é totalmente auto-sustentada, as receitas que gerimos em Portugal são suficientes para pagar o investimento em pessoas e redes e dar lucro ao grupo». Além disso, referiu que a «a estratégia de crescimento para os próximos três anos passa pelo aumento da capacidade da operação no país e dos centros que contribuem de forma significativa para o volume de receitas da Colt à escala global».
Portugal como hub de conectividade
A rede de fibra óptica da Colt no País já tem mais de 830 quilómetros e continua a ser uma das áreas de investimento. A empresa vê Portugal como um «hub de conectividade para Europa e da Europa para o mundo, nomeadamente África e América do Sul» dado a sua posição geográfica e doze cabos submarinos que amarram no País e Carlos Jesus salientou que «esta é uma vantagem competitiva que deve ser aproveitada e desenvolvida».
Assim a Colt, vai «reforçar a sua rede de comunicações na Península Ibérica com mais seiscentos quilómetros de fibra, que irão criar uma ligação directa entre Lisboa, Porto, Bilbao e Toulouse, através dos Pirenéus e daí para Paris e para o resto da Europa».
O country manager esclareceu, também, que Portugal é uma porta privilegiada para África para content providers, hyper-scalers e cloud based service providers». É por tudo isto que Portugal, «é uma região cada vez mais importante» para a Colt e para os seus clientes.
Carlos Jesus explicou ainda que a pandemia e a crescente utilização dos dados fazem deste «o momento perfeito para expandir ainda mais a presença» em Portugal.