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Snake Keylogger foi a ameaça mais perigosa de Julho em Portugal

Capaz de roubar todo o tipo de informação, esta ameaça está à venda em fóruns de hacking por preços que começam nos 25 dólares (cerca de 20 euros).

Rawpixel/Freepik

A Check Point Research publicou o Índice Global de Ameaças referente a Julho de 2021 em que o Trickbot continua a ser o malware mais prevalente a  nível mundial. Em Portugal, o Snake Keylogger foi a ameaça mais perigosa, com um impacto em 10% das organizações.

O Trickbot foi o malware mais popular, com um impacto em 4% das organizações a nível mundial, seguido do Snake Keylogger e o XMRig, com um impacto de 3% cada.

O Snake Keylogger é um keylogger modular cuja «função primordial é gravar o registo de teclas de computadores ou dispositivos móveis, e transmitir a informação recolhida aos atacantes», explica a área de Threat Intelligence da Check Point.

Uma infeção deste malware representa uma grande ameaça para a privacidade e segurança online dos utilizadores, já que o Snake é capaz de roubar todo o tipo de informação. Esta ameaça está à venda em fóruns de hacking por preços que começam nos 25 dólares (cerca de 20 euros).

Em Portugal, além do  Snake Keylogger, as ameaças com maior prevalência foram o XMRig, responsável por impactar 6% das organizações portuguesas e o Crackonosh, um malware de mineração de criptomoeda que se mantém nos dispositivos através da desinstalação de softwares de segurança e da desactivação de actualizações do Windows, que afectou 4%  das empresas nacionais.

Maya Horowitz, director, threat intelligence & research, products da Check Point, salienta que acções adoptar para evitar ter contas hackeadas: «Quando se trata de políticas de palavra-passe, escolher uma passe forte e única para cada plataforma é o melhor conselho, para que mesmo que os atacantes consigam aceder, não tenham acesso a múltiplas contas. Keyloggers como o Snake são frequentemente distribuídos através de e-mails de phishing, pelo que é essencial que os utilizadores estejam atentos a pequenos sinais, como erros ortográficos em links e endereços de e-mail, e estejam sensibilizados para práticas básicas, como nunca clicar em ligações suspeitas ou abrir quaisquer anexos desconhecidos».