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Líderes das tecnológicas são os mais confiantes em Portugal

O mais recente Worldcom Confidence Index (WCI) revela que os líderes das empresas de tecnologia são dos mais confiantes a nível mundial. Em Portugal, o sector tecnológico é o mais optimista em relação ao futuro.

Rawpixel/Freepik.com

A Worldcom divulga regularmente um estudo que usa uma abordagem com recurso a inteligência artificial para «descobrir as questões que preocupam os líderes a nível global e os seus níveis de confiança». O WCI avalia interacções de mais de 54 mil CEO/CMO de onze sectores de actividade diferentes.

O estudo de Fevereiro de 2021, que engloba onze meses de pandemia, mostra que, globalmente, os líderes mais confiantes são os do sector das utilities, tendo registado um aumento de 4,1% desde Abril de 2020, seguidos da saúde e das tecnologias de informação, que tiveram um decréscimo de 3,2%, em relação aos resultados do último relatório. Segundo a Worldcom, esta situação deriva da «percepção de que o impulso dado pela pandemia neste sector pode ser seguido de um decréscimo da procura» em virtude da crise económica. Os líderes das TI demonstraram o mais baixo nível de confiança em seis tópicos: influência no sucesso dos factores financeiros/económicos; concorrência influencia o sucesso; gestão de crise; satisfação do cliente; envolvimento dos trabalhadores para uma melhor produtividade e utilização de tecnologia para colaborar e inovar, revela o estudo.

A qualificação e requalificação é o tópico com o qual os líderes de todos os sectores estão preocupados; em segundo lugar está a retenção de talento, excepto no caso das utilities. Para este sector, o segundo lugar é ocupado pela redução de plástico e outras questões relacionadas com a sustentabilidade.

Panorama nacional
Em Portugal, os líderes das organizações de TI são os mais confiantes, seguidos do sector de consumo discricionário e materiais. Os CEO e CMO menos confiantes são o sector imobiliário e financeiro.

No que diz respeito às preocupações, o impacto e o papel dos media é o assunto que tem recebido maior atenção por parte dos líderes da generalidade dos sectores, seguido da qualificação e requalificação de trabalhadores, pela redução de plástico e outras questões relacionadas com a sustentabilidade e a retenção de talentos. Nos últimos lugares, estão as alterações climáticas, a gestão de crise e privacidade e protecção de dados.

Fernando Batista, fundador e director executivo da Do It On e membro do Board EMEA da Worldcom, explica as conclusões do WCI: «Estes resultados mostram cabalmente algo que fomos notando ao longo de 2020 e que se sente também desde os primeiros meses de 2021, que o sector das TI, para além da resiliência demonstrada, tem como base valores que facilitam o sucesso das marcas: inovação, adaptabilidade e elevada agilidade para responder às necessidades e exigências do mercado, seja qual for a sua realidade».