Os resultados do relatório ‘A Ameaça Crescente da Um estudo da tecnológica conclui que as empresas gastam, em média, um terço do orçamento de TI a pagar a ‘dívida técnica’. – The Growing Threat of Technical Debt’, realizado pela OutSystems, mostra que 69% dos líderes tecnológicos considera que o foco na rapidez e não na qualidade é uma das maiores ameaças à inovação.
Assim, a maioria dos inquiridos identifica o que se designa por ‘dívida técnica’, um «conceito utilizado no desenvolvimento de software que reflete o custo implícito de escolher um caminho mais rápido e fácil mas limitado em detrimento da solução ideal e mais completa», como inimiga da capacidade de inovação das empresas.
A maioria dos líderes tecnológicos (61%) refere a ‘dívida técnica’ ao limitar a inovação prejudica o desempenho da sua empresa e 64% concorda que isto vai continuar a ter um impacto relevante no futuro.
Esta análise ao custo da ‘dívida técnica’, que contou com a participação de quinhentos líderes tecnológicos de empresas de diversos sectores e de 10 países, incluindo Portugal, conclui que a mesma «tem emergido como um dos principais bloqueios para a inovação e recuperação, especialmente em empresas focadas no crescimento».
Em média, as empresas gastam um terço do seu orçamento de TI a dar resposta à ‘dívida técnica’, mas esta situação aumenta com a dimensão, ou seja, as grandes empresas gastam em média 41% do seu orçamento de TI em ‘dívida técnica’, enquanto as pequenas organizações gastam 27%.
Outra das conclusões é que não existe uma causa única para a ‘dívida técnica’, embora os líderes tecnológicos citem demasiadas linguagens/frameworks de desenvolvimento (52%), rotatividade dentro das equipas de desenvolvimento (49%), e aceitar defeitos e bugs identificados para cumprir os prazos de lançamento (43%).
Segundo o estudo, feito em parceria com a Lucid, as empresas continuam a adiar o tratamento da ‘dívida técnica’, agravando ainda mais o problema. Apenas 20% afirma que a ‘dívida técnica’ é algo que estão a gerir bem, embora 36% afirmem que estarão aptos para gerir a ‘dívida técnica’ no futuro.
Paulo Rosado, fundador e CEO da OutSystems, explica que «a combinação do código antigo com a nova geração de apps mobile, aplicações stack e a disseminação de SaaS está a roubar recursos, tempo e a capacidade para inovar às organizações».
O responsável realça que o «relatório prova que a ‘dívida técnica’ vai continuar a crescer, requerendo uma nova abordagem para ultrapassá-la e inovar à velocidade e escala necessárias para obter uma verdadeira vantagem competitiva».