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Insania acredita que e-commerce pode salvar as empresas portuguesas

O site nacional de comércio electrónico considera que 2021 vai ser um ano de consolidação do e-commerce e afirma que o digital salvará as empresas nacionais.

A transição digital foi uma das tendências de 2020 e será certamente um dos mais significativos factores para o crescimento da economia também este ano, um pouco por todo o mundo e em Portugal. Maria Amélia Teixeira, CEO do site nacional de comércio electrónico Insania, diz que o e-commerce «se tem vindo a afirmar numa sociedade cada vez mais digital», salientando que a pandemia «só veio acelerar este processo» ao tornar o comércio electrónico «uma alternativa ou até o único meio de sobrevivência de muitas marcas. Para quem já tinha uma loja online a adaptação «foi mais fácil», mas a pandemia «trouxe desafios ao nível do stock dos produtos e, claro, a parte logística».

A responsável lembra ainda que quem ainda não tinha o seu negócio online, teve de enfrentar «sérios desafios» e que em Portugal, ainda existe um «longo caminho a percorrer neste sentido».

Digital é sinónimo de ‘sobrevivência’
Maria Amélia Teixeira esclarece que os comerciantes estão «conscientes de que é essencial ter uma montra digital onde os produtos possam estar expostos». Contudo, a CEO diz que muitos não têm «capacidade financeira ou literacia digital para criar uma loja online» e que, por isso, estão a «recorrer às redes sociais» para vender os seus produtos. «Ainda estamos numa fase de adaptação e, acredito que, nos próximos dois anos o cenário vai mudar significativamente».

Além disso, a CEO não tem dúvidas de que o maior desafio para estes negócios é a «agilidade na adaptação», uma «condição determinante no sucesso de uma marca/empresa digital». É por tudo isto que a responsável afirma que 2021 será um ano «difícil, nos mais variados sectores», o que vai levar a que e-commerce se afirme como a «salvação de muitos negócios» – Maria Amélia Teixeira aponta claramente o digital como o caminho para a sobrevivência das empresas portuguesas.

Segundo o Insania, o mercado nacional vai continuar a crescer já que, devido às restrições impostas ao comércio físico, as pessoas são «forçadas a comprar mais online e o tempo de navegação na Internet aumenta», o que levará «a compra de mais produtos personalizados» e a que «continuem a surgir mais aplicações que garantam a melhor experiência ao utilizador».

Insania espera continuar a crescer
Em 2021, o site que fez um percurso contrário à maioria das marcas, porque migrou do digital para as lojas físicas, quer manter a rota de crescimento. A CEO esclarece qual será a abordagem: «Estamos atentos às tendências nacionais, mas sobretudo internacionais e trabalhamos para oferecer a melhor experiência de compra aos nossos clientes. O foco é corresponder às expectativas do consumidor actual, que é mais informado e exigente. Estamos a implementar novas estratégias de segmentação para direccionar a nossa comunicação de acordo com os interesses de todos os consumidores. Para isso, vamos recorrer a estratégias inovadoras, com recurso a inteligência artificial e big data, que nos permitam prever o comportamento dos utilizadores, com base nos hábitos de consumo e nas informações disponibilizadas e autorizadas por eles».

Com isso, o Insania espera um aumento das transacções na ordem dos 30% e chegar aos quatro milhões de euros de facturação este ano.