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Fabamaq assinala dez anos sempre a crescer

Em ano de pandemia, a empresa portuense, que desenvolve software para jogos de casino, comemora o seu décimo aniversário. A Fabamaq, que cresceu 165% nos últimos quatro anos, tem tido um percurso ascendente desde a sua criação.

A Fabamaq nasceu em 2010 como uma startup tecnológica baseada no Porto quando existia uma «procura por negócios capazes de desenvolver jogos de casino» e «não havia ainda respostas do lado empresarial», diz João Maia, chief operations officer da empresa. Até hoje, a tecnológica foi crescendo, passando de 9 para 170 colaboradores (ou ‘gamers’, como se designam os trabalhadores) e não tem parado de ter bons resultados.

O balanço que fazem desta década «é muito positivo» sendo que as palavras crescimento e adaptabilidade são as que melhor resumem o percurso, como explica o responsável: «Crescemos na dimensão da equipa, crescemos no número e nas tipologias de jogos que desenvolvemos e crescemos também no número de mercados externos que impactamos directamente com a nossa operação para casinos físicos e online. E este crescimento só foi possível porque, ao longo desta década, soubemos ler o mercado e adaptar-nos aos contextos para darmos uma resposta positiva aos desafios que foram surgindo».

Nos últimos quatro anos, a Fabamaq «cresceu 165%» e por isso integrou o Technology Fast 500 da Deloitte, sendo uma das quinhentas empresas tecnológicas que mais cresceram na região da EMEA nesse período. O ano de 2019 não foi excepção a esta tendência, mas para 2020 não há «uma previsão clara dos resultados devido à imprevisibilidade de evolução da pandemia no mundo», isto porque a COVID-19 tanto levou «ao encerramento temporário de alguns casinos ou salas de jogo físicas», como conduziu a «uma actividade maior, quer dos jogadores, quer dos agentes da indústria« do mercado online. Mas a empresa espera «a médio/longo prazo retomar os fluxos normais e expandir a operação de produção de jogos».

Vocação internacional
A Fabamaq é «orientada desde o primeiro dia para o mercado internacional», assim «100% da facturação tem proveniência dos mercados externos». João Maia explica a operação da tecnológica: «Os jogos de vodeobingo e slots que produzimos para os casinos físicos são neste momento jogados em mais de quatrocentos espaços nos continentes asiático, europeu e norte americano», em que os principais mercados são as Filipinas, o México, a Espanha e a Irlanda. No universo online, a empresa desenvolve «slots, videobingos e vários tipos de table games, que podem ser acedidos por cidadãos de qualquer geografia do mundo, respeitando sempre as restrições legais impostas por cada um dos países».

Uma cultura diferente
Os factores que fazem parte do sucesso e tornam a Fabamaq diferente são «o perfil dos projetos e a cultura», esclarece o COO. João Maia revela porquê: «No primeiro aspecto, os projectos apetecíveis e o facto da Fabamaq integrar um grupo internacional tornam-nos diferentes. Quem está ou vai agora entrar na empresa percebe rapidamente a sua dimensão global e tem a oportunidade de crescer num ambiente de evolução e inovação constantes. No segundo aspecto, apesar de sermos agora uma empresa muito diferente de 2010, procuramos manter a proximidade e um grau de relação diferente com os nossos gamers».

Estes são motivos de atracção e retenção de talento para as quais também contribuem iniciativas como «os programas de mentoring; a aposta na formação; o sistema de power ups, que dá acesso a vários serviços como ginásio, passe de transportes, cursos, entre outros; e o apoio a comunidades internas e externas». Um dos exemplos desse dinamismo comunitário é que a Fabamaq é uma das empresas fundadoras da associação Porto Tech Hub.