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ACEPI anuncia novidades no programa Comércio Digital para apoiar a economia

A iniciativa, que visa promover a digitalização de mais de cinquenta mil empresas da área do comércio e dos serviços, apresentou novas acções para ajudar a relançar a economia nacional na fase pós-COVID.

mindandi / Freepik

O Comércio Digital, que junta a Associação da Economia Digital (ACEPI), a Confederação do Comércio e dos Serviços de Portugal (CCP) e é apoiada pelo Governo, arranca com uma segunda fase após um interregno provocado pela pandemia. O programa co-financiado pelo COMPETE 2020, pelo Portugal 2020 e pela União Europeia/FEDER, que existe para promover a transformação digital das empresas portuguesas, foi agora reforçado para ajudar o comércio local a vencer os desafios colocados pelo fecho ou diminuição de actividade.

Alexandre Nilo Fonseca, presidente da ACEPI, esclareceu que «com a pandemia da COVID-19 muitos pequenos comerciantes perceberam que têm de ter uma presença online e a ACEPI quer apoiá-los nesta jornada» sendo o programa vocacionado exactamente no sentido do «desenvolvimento das competências digitais dos comerciantes».

As iniciativas incluem um novo site – comerciodigital.pt; a Academia Comércio Digital, uma plataforma online que disponibiliza conteúdos formativos e ferramentas de capacitação para a economia digital; uma campanha especial de adesão ao Selo Confio.pt, um certificado atribuído aos websites que cumpram as melhores práticas do mercado digital; voucher 3em1, que permite um registo de um domínio .pt gratuito pelo período dum ano, acesso a caixas de email e a ferramentas de construção e alojamento de websites; webinars semanais; e uma linha telefónica gratuita de apoio (800 100 236).

João Torres, secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor disse na sessão de apresentação, realizada no Ministério da Economia, que o projecto «é absolutamente estruturante para o incremento da economia e do sector do comércio».

Digital foi e é fundamental para a economia
A importância do e-commerce e do digital foi igualmente referida pelo Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, que salientou que «sem o digital, teria sido mais difícil para todos assegurar o acesso a bens e a serviços fundamentais» durante o confinamento. O membro do Governo esclareceu ainda que foi o digital que que «permitiu a muitos operadores económicos, a muitas empresas do sector do comércio conseguissem manter a atividade».

Na apresentação, Alexandre Nilo Fonseca explicou ainda que a pandemia alterou a forma como os consumidores nacionais utilizam a Internet: «Há mais portugueses a utilizar o digital, a fazer compras online. Começamos a ver isso nos estudos sobre o impacto da COVID e há também mais sofisticação, há mais utilizadores avançados, ou seja, a usar o homebaking e os serviços online».

Outro aspecto realçado pelo responsável é que os portugueses «começaram a compra mais em Portugal», algo que não acontecia até agora: «Na Europa, éramos a população que mais comprava fora do país. No confinamento houve compras quase em exclusivo em sites do mercado interno». Para Alexandre Nilo Fonseca, este novo hábito é mesmo uma boa notícia para a economia, a par do «aumento da oferta digital portuguesa. Isto é muito importante para o desenvolvimento dos negócios, não só para o mercado interno, mas também para exportações, no futuro». Por outro lado, o presidente da ACEPI destacou o aumento do «comércio electrónico de proximidade», a criação de «marketplaces sectoriais e regionais» e o facto de cada vez mais «comerciantes aceitarem pagamentos digitais», como impactos positivos deixados pela pandemia e que irão ajudar o país na sua recuperação económica.