Internacional

Acções da UPS e da FedEx sofreram com o anúncio de serviço de entregas da Amazon

UPS

Na passada Sexta-feira, a Amazon anunciava, através de um relatório, o seu serviço próprio de entregas, Shipping with Amazon. Depois disso, as acções da UPS e da FedEx caíram mais de 3%.

Embora as acções da FedEx já tenham começado a recuperar, as acções da empresa de entregas UPS continuaram em queda, ao longo desta Segunda-feira.

O serviço Shipping with Amazon, ou SWA, não é uma ambição totalmente inesperada da gigante de e-commerce. Afinal, há já vários anos que a Amazon aprimora a estratégia de logística e entregas.

De acordo com o Wall Street Journal, o SWA pode começar a operar em Los Angeles, nos Estados Unidos, ao longo das próximas. De acordo com a mesma fonte, o serviço pode chegar em breve a outras cidades norte-americanas.

O programa estará a ser testado com produtos de terceiros vendidos na Amazon. Ainda segundo o Wall Street Journal, a Amazon parece cada vez mais tentar superar a UPS e a FedEx.

O ‘efeito Amazon’

Na imprensa internacional, já são vários os meios que apelidam a queda de acções de empresas após anúncios da Amazon como ‘o efeito Amazon’. Esta não é a primeira vez este mês em que os anúncios da empresa de Jeff Bezos causam pesadelos à concorrência.

Quando a Amazon anunciou que iria entrar no mercado da saúde, através de uma parceria com a JPMorgan Chase e a firma de investimento Berskshire Hathaway, as acções de empresas ligadas ao sector dos cuidados de saúde perderam vários pontos nas bolsas.

E, na verdade, bastou apenas o anúncio da iniciativa, já que os pormenores fornecidos foram escassos. Na altura, as três empresas referiram apenas que estariam «a desenvolver soluções tecnológicas para dar acesso a cuidados de saúde de alta qualidade e uma saúde transparente aos seus empregados», a um preço acessível.

Antes disso, já a Blue Apron, que fornece refeições através de um serviço de subscrição, viu as suas acções descerem ao valor mais baixo registado, quando a Amazon anunciou, em Julho, que poderia vir a tornar-se uma concorrente. Vale a pena recordar que este não seria um movimento de negócio assim tão descabido para a Amazon, que comprou a cadeia de supermercados Whole Foods num negócio milionário, em Junho do ano passado.