«Ser bom já não basta, há que ser excelente», disse João Albuquerque, Portugal Business Unit Director da PHC Software, no primeiro PHC Exe, que se dividiu em duas edições, entre Porto e Lisboa.
«Todos os dias aparecem novos produtos e novos serviços. E novas empresas, com novos e inovadores processos». A ideia do gestor é que é a tecnologia, precisamente ao serviço da gestão, que poderá ajudar as empresas a abraçar as oportunidades que o mercado lhes oferece.
Paralelamente às oportunidades, são grandes os desafios que as organizações têm de endereçar, revelou o gestor na apresentação do PHC Exe. E enumerou três. O desafio de optimizar os processos, o de manter a equipa motivada e bem gerida e, por último, a sempre árdua tarefa de gerir os clientes.
No auditório do Instituto Superior de Engenharia do Porto, a empresa falou ainda na necessidade de os gestores transmitirem a toda a estrutura empresarial qual a definição de sucesso, porque só assim o crescimento poderá ser sustentado.
Uma vez mais, ou não fosse a PHC uma tecnológica, é precisamente a tecnologia que poderá diminuir as «dores de crescimento» das empresas, como ilustrou Francisco Caselli, perito em inovação empresarial e Business Analytics na PHC. «O software de gestão é uma das ferramentas que os gestores dispõem para melhorar a performance. Porque não pensem que um software de gestão é só para facturar. É para rastrear dados, para ver que encomenda deu origem à factura, quanto tempo demorou uma encomenda a ser faturada ou ver o histórico do cliente».
A mobilidade e os talentos
Aliás, foi precisamente sobre as pessoas, sobre a gestão de recursos humanos, que Luís Antunes, mestre em captação e retenção de talentos na PHC, dedicou a sua intervenção. Para este responsável, está na altura de as empresas adaptarem os seus negócios, processos e cultura à nova geração, os denominados Millennials. Até porque é suposto que estes profissionais, com idades entre os 26 e os 35 anos, venham a representar 75% da força de trabalho em 2025.
«São talentos habituados à mobilidade. Cresceram na era digital, eles sim são os verdadeiros nativos digitais. E isto altera a forma como gerimos as nossas empresas». A futura força de trabalho é, assim, altamente dependente da mobilidade, das redes de comunicação colaborativas e da virtualização. “Tudo tem de ser feito de forma simples e online”, disse Luís Antunes.
Um interessante painel sobre “Transformação digital: integrar a tecnologia de hoje para gerir melhor amanhã” juntou a Microsoft, a Hewlett Packard Enterprise Portugal e a LG.
Miguel Caldas, National Technology Officer na Microsoft, não tem qualquer dúvida que esta tal transformação digital irá levar a uma revolução no mercado de trabalho. E que algumas profissões irão mesmo deixar de existir e outras terão de se reinventar. Mas para este profissional, esta pode ser uma excelente oportunidade para que o real potencial das pessoas seja aproveitado. «Não coloquem um ser humano a fazer tarefas que um macaco faria. Deixem isso para a tecnologia. Os seres humanos deviam estar a pensar como resolver os problemas que as empresas têm».