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Lenovo: design dos centros de dados deve evoluir para preparar as empresas para o futuro

O 'Data Center of the Future', realizado em parceria com a Opinium, mostra que 92% dos decisores de TI priorizam parceiros de tecnologia que reduzem o consumo de energia e a pegada de carbono.

Data Village © Lenovo

Um estudo da Lenovo revela à medida que o mercado de centros de dados cresce e o uso de energia, a sustentabilidade e os custos se tornam considerações críticas para os decisores de TI na EMEA.

Assim, 46% admite que a sua infraestrutura actual não suporta as metas de redução de energia ou carbono sendo que o relatório conclui que o design dos centros de dados deve evoluir para preparar as empresas para o futuro.

O ‘Data Center of the Future’, realizado em parceria com a Opinium, mostra que 92% dos decisores de TI priorizam parceiros de tecnologia que reduzem o consumo de energia e a pegada de carbono, mas apenas 46% afirmam que o design actual do seu centro de dados apoia os objectivos de sustentabilidade.

A Lenovo revela que essa «lacuna ressalta as crescentes pressões ambientais da IA, automatização e crescimento exponencial de dados, com os sistemas de refrigeração tradicionais (como a refrigeração a ar) a lutarem para equilibrar eficiência, custo e redução de carbono».

Com 88% dos decisores de TI já a considerarem a soberania dos dados uma prioridade e quase 99% a esperarem que continue a ser importante nos próximos cinco anos, é claro que a conformidade e o controlo sobre a localização dos dados irão definir o design futuro dos centros de dados. Ao mesmo tempo, 94% destacam a baixa latência como um requisito fundamental hoje e nos próximos anos, impulsionado pelo crescimento das aplicações em tempo real e da computação edge.

Por outro lado, 90% dos responsáveis pelas decisões de TI acreditam que a IA aumentará significativamente o uso de dados organizacionais na próxima década, e 62% esperam que a IA e a automatização tenham o maior impacto na estratégia de TI. No entanto, apesar da promessa, 41% admitem que a sua organização não está preparada para integrar a IA de forma eficiente.

«O centro de dados do futuro será definido pela sua capacidade de escalar de forma eficaz para a IA, cumprir metas de sustentabilidade e operar com a máxima eficiência energética», afirma Simone Larsson, Head of Enterprise AI, EMEA na Lenovo.

A responsável acrescenta que «à medida que a procura por computação acelera, os clientes procuram cada vez mais parceiros de infraestrutura que possam oferecer desempenho sem comprometer a qualidade e que assumam a responsabilidade de reduzir o impacto ambiental». Assim, «as empresas devem agir agora para alinhar a sua infraestrutura com estas expectativas crescentes, porque a preparação para o futuro começa com as escolhas que fazem hoje».

A Lenovo trabalhou com a empresa de engenharia AKT II e os arquitetos Mamou-Mani para pensar em como os centros de dados poderiam ser daqui a 30 anos e definiu três conceitos que utilizam «o modelo de centro de dados com servidores em bastidor e aproveitam a tecnologia de refrigeração a água para aumentar a sua sustentabilidade, enquanto utilizam recursos naturais, espaços abandonados e locais inesperados para resolver os desafios e satisfazer as necessidades dos seus utilizadores»,

Um deles é a ‘Cloud flutuante’ que envolve a suspensão do centro de dados no ar, a uma altitude de 20-30 km (a uma distância segura dos aviões comerciais), com energia solar 24 horas por dia, 7 dias por semana, e utilizando circuitos fechados de refrigeração líquida pressurizada para evitar a poluição do ar.

Ouro é a ‘Data Village’, localizada perto de fontes de água, como rios ou canais, esta envolve um sistema modular e empilhável de centros de dados ligados às necessidades da cidade. Esta localização beneficia de um arrefecimento líquido melhorado e da capacidade de transferir o calor residual para alimentar ou aquecer instalações locais, como escolas ou casas, bem como reduzir a latência graças à sua proximidade a locais-chave. Alimentado por energia geotérmica, este conceito integra-se em paisagens naturais (como um vale, lagoa ou piscinas geotérmicas), criando um centro de dados com baixo impacto visual e biofílico.

Por último o ‘Data Center Bunker’ que utiliza túneis, bunkers ou sistemas de transporte não usados e coloca a tecnologia no subsolo para minimizar a necessidade de novos espaços para aumentar a capacidade. Isto reduz o uso do solo, permitindo que as instalações sejam montadas em locais centrais com menor impacto. Beneficiando-se de maior resiliência de segurança, a localização subterrânea cria um sistema de gestão de calor naturalmente eficiente.

Estes projectos beneficiam da utilização da tecnologia de refrigeração líquida Lenovo Neptune, em que 98% do calor do sistema pode ser removido directamente na fonte. Esta também reduz significativamente o consumo de energia e a dependência dos métodos tradicionais de refrigeração à base de ar.

Simone Larsson salienta que com o Lenovo Neptune estão « a ajudar os clientes a responder às crescentes exigências energéticas da IA, integrando soluções de refrigeração líquida que são altamente eficientes e imediatamente implementáveis. Os centros de dados preparados para o futuro exigem uma mudança de mentalidade, em que a sustentabilidade não é adaptada, mas sim incorporada no sistema desde o início».

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