A Web Summit revelou as conclusões do seu relatório anual State of Gender in Tech Report que revela que 59,45% das entrevistadas considera que o equilíbrio de género se deteriorou no último ano. Isto quando, no ano anterior, o valor tinha sido de 48%.
Por outro lado, o estudo, que contou com 671 participantes da comunidade de mulheres na tecnologia da Web Summit em todo o mundo, mostra que mais da metade (56%) acredita que as recentes mudanças geopolíticas estão a minar a equidade de género na tecnologia. Outras das conclusões é que a indústria está a fazer menos neste campo, não tomando as medidas apropriadas: 55,7% em 2024 vs 61,1% em 2025.
Já no que diz respeito à IA, 77% das mulheres usam a tecnologia diariamente e 75% vêem seu potencial para promover a inclusão, mas uma em cada quatro (25%) teme que ela possa reforçar o preconceito.
Segundo a sexta edição do estudo, 56% das entrevistadas têm de escolher entre a vida profissional e pessoal, sendo que este equilíbrio está mais difícil. Este é um aumento em relação aos 49% do ano passado.
Além disso, quase metade (49%) das mulheres na área de tecnologia afirmam ter sofrido sexismo no
trabalho, um número ligeiramente inferior, mas praticamente inalterado em relação aos 51% do ano passado. E 82% sentem que precisam ter um desempenho superior ao dos homens para serem levadas a sério, um sentimento ainda mais forte do que em 2024, quando 76% afirmaram sentir que precisavam trabalhar mais para provar o seu valor.
No campo da remuneração há algum progresso já que 37% afirma agora que são remuneradas de forma injusta em comparação com os colegas do sexo masculino, uma descida em relação aos 51% registados em 2024. Já no que se refere à liderança, 81% sentem-se capacitadas para tal, um crescimento de 5 pontos percentuais em relação a 2024.
O relatório marca uma década do lançamento do seu programa ‘Mulheres na Tecnologia’, cujo impacto tem sido crescente: a participação das mulheres nos eventos aumentou de apenas 25%, em 2013, para 42% no ano passado.
