A UpHill anunciou que o seu software foi certificado como dispositivo médico classe IIa na Europa, uma classificação que garante que a sua plataforma de orquestração e automação de cuidados de saúde é fiável e segura.
Na União Europeia todos aparelhos, equipamentos ou produtos utilizados para diagnóstico, prevenção, monitorização, ou tratamento de doenças têm uma classificação, dependendo do risco associado ao seu uso e da sua complexidade. No caso da startup portuguesa, esta é de médio risco.
O processo, que avalia a segurança, desempenho e eficácia do dispositivo médico, foi conduzido por auditores internacionais independentes ao longo dos últimos anos, e representa um investimento de meio milhão de euros por parte da UpHill.
Eduardo Freire Rodrigues, co-fundador e CEO da UpHill, explica que a tecnológica é «uma das primeiras europeias de software» a garantir esta certificação e como decorreu o processo: «O software que certificámos é algo extremamente complexo que envolve automação de tarefas, suporte à decisão clínica e a coordenação de tarefas entre equipas. Esta decisão contrasta, claramente, com a maioria das empresas que tendem a minorizar aquilo que fazem e optam pela certificação de classe I que dispensa o processo, longo e rigoroso, de auditoria a que nos submetemos».
O responsável revela que distinção permite que a tecnologia da startup tenha um «nível de credibilidade, robustez e diferenciação muito significativo» e que vai ajudar à expansão nacional e internacional. Actualmente, a UpHill actua em Portugal e Espanha e está a entrar no mercado do Reino Unido.
A solução da startup, que é certificada pelo Infarmed, está presente em «em mais de 40% das unidades locais de saúde portuguesas» e utilizada em áreas «como a gestão de doenças crónicas, a optimização de percursos cirúrgicos, a coordenação de jornadas oncológicas ou mesmo a redefinição dos fluxos nas urgências».