A Bloop define-se como a «primeira verdadeira» rede social de compras, já que combina um marketplace com redes sociais e vai finalmente chegar ao mercado na próxima semana após «9 meses de desenvolvimento» revelou Francisco Rodrigues, CEO e co-fundador da startup nacional.
O responsável explicou que cerca de 200 micro-influencers vão «oferecer convites para a plataforma nas redes sociais» e que estes foram escolhidos para «criação de conteúdos» em que «partilham experiências reais» com o intuito de «manter a autenticidade».
O objectivo agora «é validar o conceito, reunir métricas e escutar os clientes e até ao final do ano» para disponibilizar publicamente a solução a todos os utilizadores e entrar em «Espanha em França no início de 2026».
Neste período serão ainda disponibilizadas as «experiências», ou seja, «a venda de serviços locais, como restaurantes, spas, actividades turísticas». Uma área em que a Bloop acredita que se vai diferenciar já «que permite que sejam os próprios clientes a mostrarem» o que fizeram e fazerem a recomendação e porque é uma área menos desenvolvida do que o e-commerce.
A Bloop usa inteligência artificial na sua plataforma e não só e João Neves, CTO e co-fundador da startup, explicou como: «No produto estamos a utilizar IA para optimizar os resultados da pesquisa e vamos lançar em breve também o ranking das publicações, com o nosso próprio algoritmo. O grande diferenciador é que temos acesso a tudo o que são tendências sociais, o que é que as pessoas estão realmente a comprar e a partilhar, em cada zona do país, etc. e conseguimos usar esses dados para darmos melhores recomendações às pessoas não só com base nas compras passadas, mas com base no que os amigos estão a fazer».
A outra vertente em que usam esta tecnologia é para se tornarem «mais eficientes» como salienta o responsável: «Somos uma equipa ainda relativamente pequena para a dimensão do projecto que estamos a montar e usamos IA cada vez mais para automatizar o processo e o trabalho repetitivo, e uma das áreas em que nós investimos muito e que estamos a ter resultados é na experiência do vendedor ao carregar produtos na plataforma, em que desenvolvemos uma ferramenta que acelera esse processo».
João Neves, esclareceu como funciona esta solução proprietária: «Os vendedores geralmente têm o seu catálogo de produtos em ficheiros Excel ou noutro formato feito por eles, se não é adaptado à Bloop. Mas esta ferramenta pega em qualquer tipo de formato e transforma automaticamente para o nosso para que o carregamento seja rápido e enriquece os produtos dos vendedores com toda a informação relevante para os clientes. Portanto, esse foi um grande avanço que fizemos e que nos permite fazer on-boarding de muito mais vendedores».
No futuro, Francisco Rodrigues, acrescentou que querem ter um «personal IA assistent que ajude os utilizadores a fazerem a descoberta com base em toda a actividade na plataforma».
A startup já captou 1,5 milhões de euros através de business angels e crowdfunding privado e agora tem em curso uma bridge round de mais 500 mil euros. A empresa está ajnda a preparar uma seed round de pelo menos mais 5 milhões de euros até ao fim deste ano, em que espera conseguir financiamento de diversos venture capital. O valor vai também servir para aumentar a equipa que tem actualmente «17 pessoas» e chegar aos «50 colaboradores».