O TecSummit «pretende promover a troca de experiências e a apresentação de inovações tecnológicas entre estudantes universitários, empresas, startups e especialistas do sector» e está Incluído no TecStorm, a «maior maratona tecnológica do País» organizada pela JUNITEC – Júnior Empresa do Instituto Superior Técnico. Mafalda Costa, gestora de projecto e responsável pelo evento indicou que o objectivo dessa iniciativa é «desafiar os participantes a irem além dos seus limites, a desenvolverem competências e a tornarem as suas ideias em projectos reais com impacto na sociedade» e ser um espaço onde «não há barreiras à imaginação e onde se pode aprender, inovar e empreender».
Diogo Moura, vereador da Câmara Municipal de Lisboa, sublinhou que o TecStorm é num «exemplo brilhante do espírito que a autarquia quer fomentar na cidade» e que este tipo de iniciativa «ajuda a criar um ecossistema dinâmico, onde estudantes, empresas e investidores se encontram para antecipar e co-criar em conjunto o futuro».
A cerimónia de abertura terminou com a intervenção de Alberto Rodrigues da Silva, secretário de Estado da modernização e digitalização, que disse que a tecnologia é um «verdadeiro elemento de catalisação e de transformação da sociedade e da economia». O responsável salientou ainda que o TecSummit é importante na «partilha de conhecimento» e desejou que os estudantes universitários presentes «mantenham a curiosidade e capacidade de imaginação para criar um futuro melhor».
IA não é de confiança
Na mesa-redonda com o tema ‘AI frontiers’, Inês Lynce, presidente do INESC-ID, revelou que o «número de alunos a fazer cadeiras de inteligência artificial está a crescer» e que, na educação, os «professores têm de ir mais à frente» para perceber se os estudantes estão a usar abusivamente a IA, já que «proibir não é a solução».
A docente deu um exemplo: «Em cadeiras de programação, pedimos o projecto e o relatório, mas a partir do momento em que temos a IA generativa, isto é simples. Como não vou ler relatórios gerados por essas ferramentas e comecei a pedir, em vez disso, um vídeo».
Inês Lynce disse ainda que «não há nada que substitua a relação de um-para-um entre professor e aluno» e que as «ferramentas que existem não são limitadoras», mas sim «potenciadoras de criatividade», se forem «bem usadas».
Paulo Dimas (vice-presidente de inovação de produto da Unbabel e CEO do Centro para a IA responsável em Portugal) esclareceu que estamos numa fase em que «não se pode confiar na IA», explicando é errado confiar totalmente em numa resposta do ChatGTP. O responsável avançou ainda que o primeiro pilar do consórcio que lidera é exactamente a «confiança», um termo que está «ligado à explicabilidade»; o segundo é o da equidade, ou seja, a «não-discriminação».
O responsável destacou ainda que o IA Act irá «criar obrigatoriedades» que vão promover uma «IA responsável» e que, apesar de preferir uma legislação «mais simples e focada nos riscos», considera importante o facto de «não restringir de forma alguma a investigação em inteligência artificial». Além disso, referiu que os «humanos devem estar no centro» do desenvolvimento da IA e que «mais vale ter os princípios da IA responsável como base logo de início, assim como a própria compliance», que tentar ajustar o produto, mais tarde».
No final, os dois intervenientes deixaram alguns conselhos aos presentes, a sua maioria estudantes. Inês Lynce disse que devem «explorar a criatividade, ter ideias fora da caixa, e pensar em algo que seja completamente revolucionário, mesmo que possa, aparentemente, não fazer sentido». Por outro lado, Paulo Dimas, falou da importância de «falhar rapidamente para crescer» e de «trabalhar em equipa», dando enfâse à «complementaridade e interdisciplinaridade». O CEO do Centro para a IA responsável realçou ainda que «não se deve focar em tecnologias à procura de problemas», mas sim em «problemas reais» e, depois, «tentar resolvê-los da melhor maneira».
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