A empresa especializada em serviços de consultoria para e-commerce, omnichannel, engenharia e arquitectura em plataformas está presente em Portugal desde 2017, com escritórios em Évora. Em oito anos, a Impact Commerce facturou «mais de dez milhões de euros e investiu mais de sete», na sua maioria na equipa que conta «actualmente com cinquenta profissionais», disse José Balça, partner & managing director. Mas a tecnológica não quer ficar por aqui e, no próximo triénio, quer investir mais dez milhões de euros «em talento». O responsável explica como é que esse valor vai ser usado: «Queremos contratar os melhores, mas também formar; por isso, vai ser um mix entre talento sénior, experiente e especializado e a formação de pessoas».
Sem um objectivo definido, José Balça avança que «há potencial para, nos próximos três anos, duplicar a equipa existente» e refere a estratégia da empresa para Portugal: «O nosso trabalho divide-se entre projectos internacionais e nacionais, em que cerca de 60 a 70% é do negócio internacional. Queremos manter este rácio, mas crescer do ponto de vista de volume».
Worten lidera em Portugal
O managing director apresentou ainda a primeira edição do Omnichannel Index Portugal, que avalia o estado da «omnicanalidade» no País e faz o «becnhmark com os mercados nórdicos», onde este estudo existe há mais de uma década. O relatório revela um forte desempenho nacional, salienta José Balça: «Analisámos setenta pontos de contacto em cinquenta empresas líderes de diversos sectores, de modo a oferecermos uma perspectiva ampla, mas detalhada, do mercado português, com o objectivo de ajudarmos as empresas a compreenderem onde estão hoje e o que precisam de fazer para se manterem na linha da frente. Os resultados do estudo revelam um mercado em movimento, com empresas em diferentes fases da sua transformação omnicanal, desde as que já construíram bases sólidas até às que ainda estão a tentar interligar os pontos entre as experiências digitais e físicas».
O Omnichannel Index Portugal 2025, realizado em parceria com a Adyen, a Algolia, a Shopify e a Storyblok, identifica a Worten, a IKEA e a Decathlon como as três empresas líderes do omnicanal português. No entanto, apesar do País estar numa boa posição face aos outros seis analisados pela Impact Commerce (com os pontos fortes a estarem na «digitalização, publicidade online e a experiência do consumidor»), existem desafios no que diz respeito à «personalização, à integração dos canais físicos e digitais, à experiência de compra fluída e à sustentabilidade».
O relatório prevê também que as empresas portuguesas que integram o mercado do e-commerce vão «gerar um volume de negócios de cinco mil milhões de euros este ano» a atingir os «sete, em 2029».
