Não é opção, é obrigatório
A expressão ‘não é uma oportunidade, mas sim um imperativo’ parece encaixar como uma luva na adopção da IA em Portugal, sobretudo caso o País queira manter a sua competitividade global. O estudo alerta que um atraso de cinco anos na captura dos benefícios da IA generativa poderia reduzir drasticamente o potencial anual de 8% (18-22 mil milhões de euros) para apenas 2% (3-5 mil milhões de euros) do PIB. Para capturar plenamente os benefícios da IA generativa, o estudo indica que Portugal enfrenta vários desafios, nomeadamente a necessidade de acelerar a adopção comercial da tecnologia, requalificar e melhorar as competências da força de trabalho, desenvolver capacidades de inovação e estabelecer um quadro regulatório propício. Daniel Vaz reforça esta ideia: «É crucial que Portugal acelere a adopção comercial da IA», comentou à businessIT.
O estudo também destaca o crescente ecossistema de startups de IA em Portugal, com Lisboa e Porto a emergirem como os principais centros. Iniciativas como a Startup Portugal, a AI Portugal 2030 e a Startup Lisboa foram “louvadas” no estudo como ferramentas para fortalecer este ecossistema. No entanto, as startups portuguesas de IA enfrentam desafios comuns, incluindo o acesso a financiamento e a escassez de talentos em comparação com os seus homólogos europeus. Para Daniel Vaz, embora a IA generativa apresente desafios, sobretudo em matéria de requalificação da força de trabalho e regulamentação, as oportunidades parecem superar largamente os riscos. E Portugal, no seu entender, está «bem posicionado» para se manter na vanguarda desta revolução tecnológica… desde que continue a investir em formação, investigação e desenvolvimento, e a criar um ambiente regulatório favorável à inovação.
