Para este responsável, os grandes benefícios destas soluções extravasam as questões financeiras: «Mais envolvimento, melhor comunicação, reconhecimento e satisfação no trabalho serão alguns dos benefícios que vão contribuir directamente para um aumento de produtividade e uma melhoria da cultura organizacional, reduzindo, por consequência, a rotatividade e os custos de recrutamento». Por outro lado, por exemplo, Álvaro Primitivo fala no facto de haver soluções que permitem reduzir a carga burocrática com o lançamento e contabilização das despesas dos colaboradores, o que «trará também uma redução de custos na área da gestão administrativa».
Resistência à mudança
O principal e mais desafiante obstáculo identificado pelo responsável da PHC são, precisamente, os próprios colaboradores e as equipas: «Sabemos que a resistência à mudança faz parte da nossa natureza e, para ultrapassar este desafio, é necessária uma boa estratégia de adaptação e uma comunicação clara, que esclareça e identifique todos os benefícios que esta integração irá produzir transversalmente na organização». A comunicação e o compromisso da liderança são considerados por Álvaro Primitivo como «essenciais», assim como uma boa sinergia com o parceiro integrador: «É essencial ter um parceiro com experiência no sector que possa contribuir de forma activa, ajudar a identificar e optimizar alguns processos».
Quais são as tendências emergentes em TI para recursos humanos a que as empresas devem estar atentas? Álvaro Primitivo lembra que depois da (r)evolução no mercado do teletrabalho pós-pandemia, é inevitável mencionar agora a IA como o grande desafio do momento: «Como vamos integrar um estagiário ou promover o crescimento de um consultor júnior quando grande parte das tarefas efectuadas por este tipo de perfis serão garantidas pela IA? Este é um exemplo de desafio, mas há muitos mais, éticos e sociais, igualmente grandes e imprevisíveis que a adopção desta tecnologia introduz, não só nas empresas, também na sociedade». Outra das tendências apontadas é o foco na saúde mental dos trabalhadores, com o ritmo alucinante e a noção social de que todos temos de estar produtivos o tempo a estarem na origem de vários problemas que vão muito além do “burnout”: «A produtividade não é apenas realizar tarefas de forma eficiente, é também o garantir que estamos em condições de poder a continuar a executá-las dessa forma no futuro».
