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O poder das TI na gestão de pessoas

A tecnologia não é apenas um conjunto de processos, técnicas ou equipamentos: é todo um novo mundo de inovação que revoluciona a forma como os produtos e serviços são oferecidos. É a combinação perfeita entre ciência e indústria, impulsionada pela investigação e desenvolvimento contínuos.

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Nos recursos humanos, Miguel Bilimória admite que o principal benefício é aumentar a produtividade da equipa de RH, já que, com a automação, a equipa deixa de realizar tarefas burocráticas e repetitivas, podendo dedicar-se mais aos colaboradores da organização. Além disso, reforça Miguel Bilimória, as soluções tecnológicas permitem a análise de dados para identificar problemas e oportunidades antes que se tornem críticos: «Por exemplo, com o ‘happy score’ é possível saber quais as equipas que estão menos satisfeitas e trabalhar neste ponto. Podemos também identificar equipas com maior segurança psicológica e entender os motivos. A tecnologia e o tratamento de dados elevam a gestão de pessoas a um novo patamar».

No capítulo dos desafios, o responsável da PHC centra-se, primeiro, na dedicação à implementação. «As equipas de RH estão, geralmente, muito ocupadas e, se não se dedicarem adequadamente à análise e implementação das soluções, os resultados não serão satisfatórios». É essencial, no seu entender, e indo ao encontro dos outros entrevistados pela businessIT, um planeamento antecipado para entender o que se quer e o que se precisa antes de começar a implementação. Outro desafio é a necessidade de apoio da equipa de TI, uma vezque os recursos humanos não têm, de forma geral, conhecimentos profundos de software: «A equipa de TI, por sua vez, pode estar ocupada com outras áreas e não conseguir dar a devida atenção a esta».

Por fim, Miguel Bilimória inclui a importância de a equipa de RH conhecer todas as opções de tecnologia disponíveis, o que implica «explorar e experimentar as soluções existentes, um desafio para as equipas». O ROI das soluções de TI em RH pode ser medido de várias formas, garante o mesmo. Primeiro, pelo tempo ganho pela equipa de RH, «que pode chegar a 50%, permitindo que se dediquem mais aos colaboradores». Isto pode ser medido em termos de velocidade de recrutamento, «maior engagement dos colaboradores, melhor formação e redução da rotatividade». Todos estes indicadores são adjectivados por Miguel Bilimória como «excelentes medidas para avaliar o retorno do investimento nas soluções tecnológicas de RH».

Além dos benefícios financeiros
A falta de proximidade com a liderança, a ausência de orientações claras e a necessidade de aprovação e reconhecimento estão entre as principais causas de rotatividade numa empresa, acresce à ‘conversa’ Álvaro Primitivo, operations director da Anturio, para quem investir numa solução de TI que aborde estas causas de rotatividade é essencial: «Ou seja, tem de permitir promover e registar feedback, como inquéritos à felicidade no trabalho, gerir e divulgar metas e OKR para alinhamento de toda a equipa, ou divulgar elogios e outros reconhecimentos. Será sempre uma decisão estratégica acertada e com impacto positivo no ambiente de trabalho de toda a organização».